Brasil tem enfrentado um recorde de incêndios e seca nas últimas semanasArquivo/AFP
Segundo a MetSul, entre hoje e amanhã uma frente fria vai mudar o tempo no Rio Grande do Sul, com chuva em todas as regiões do Estado e que pode ser localmente forte, com trovoadas e risco de alguns temporais isolados, especialmente de granizo. A empresa também alerta que fuligem de queimadas pode se precipitar com a chuva.
Sobre o tom alaranjado do Sol, visto nas últimas semanas em diversas regiões do Brasil, incluindo São Paulo, Estael explica que isso também se deve a essas nanopartículas de fuligem. "Esse material particulado transportado pelo vento sofre refração dos raios solares no nascer e no pôr do sol e acaba espalhando a luz mais vermelha, mais alaranjada, que vemos em torno do Sol. Isso é o contato dos raios solares com aquelas nanopartículas de fuligem e de fumaça", disse a meteorologista.
Com o aumento da poluição por fumaça, a Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre (SMS) alertou os cidadãos para a importância de se manter hidratado, beber bastante água e evitar atividades ao ar livre. Além disso, recomenda procurar atendimento médico em caso de sintomas respiratórios e manter os ambientes internos fechados.
Registro anterior
Entre quarta e quinta-feira da semana passada, o Rio Grande do Sul já havia registrado a ocorrência de "chuva preta" em Porto Alegre. Na ocasião, para comprovar o fenômeno, a MetSul decidiu realizar uma experiência simples e doméstica. "Colocamos um recipiente tão simples como uma tigela de vidro. Na quinta-feira, recolhemos. O que encontramos? Havia fuligem preta (como carvão) na água da chuva que caiu em Porto Alegre, resultado da queima de biomassa com os incêndios na Bolívia e na Amazônia", explicou a empresa de meteorologia.
Ainda de acordo com a MetSul, a "chuva preta" é contaminada com poluentes, que ao cair podem afetar corpos d’água, solos e vegetação. "A chuva preta tem impactos visíveis no ambiente urbano. Ela pode deixar uma camada de sujeira nas superfícies, como prédios, veículos e infraestrutura, o que pode levar à degradação dos materiais e aumentar os custos de manutenção." (Colaborou Renata Okumura).
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