Suspeito ficou em silêncio durante interrogatórioDivulgação/PCMG

Minas Gerais - Um homem de 36 anos foi indiciado nesta quinta-feira (12) por estuprar a própria filha durante cinco anos. O caso aconteceu em Icaraí de Minas, no norte do estado.
De acordo com a Polícia Civil, os abusos eram cometidos semanalmente. Eles começaram quando a vítima, que hoje tem 18 anos, tinha 13. O caso foi denunciado pela jovem no início do mês de agosto. Segundo ela, os estupros aconteciam em seu quarto ou no dos pais, quando a mãe saía para trabalhar.
De acordo com a delegada Natália Caliman, a vítima informou que a última tentativa de abuso ocorreu em 9 de agosto. Nesse dia, o suspeito entrou em seu quarto e tentou manter relações com a filha, que se recusou. Diante da negativa, o homem teria feito ameaças, afirmando que ela iria se arrepender.
Delegada Natália Caliman informou detalhes sobre o caso - Divulgação/PCMG
Delegada Natália Caliman informou detalhes sobre o casoDivulgação/PCMG
Áudio foi usado como prova
Inconformada com a situação, a jovem planejou uma forma de comprovar o crime, conseguindo gravar um áudio em que o pai confessava os abusos sexuais. Nessa gravação, ele ainda afirmava que iria negar os fatos e, se necessário, contrataria um advogado para defendê-lo.
Aos policiais, a mãe relatou que não tinha conhecimento dos abusos, mas acreditava na filha, motivo pelo qual se mudou de casa junto dela após a denúncia.
Ainda de acordo com a mulher, o marido era muito rígido e tinha histórico de agressões cometidas contra ela e os três filhos, incluindo a vítima que foi abusada. Apesar disso, ela disse que nunca denunciou o companheiro.
A vítima explicou que não tinha coragem de contar para a mãe sobre os abusos por medo de ser desacreditada e também devido às ameaças de agressão física feitas pelo pai.
As investigações foram coordenadas pela equipe da Delegacia de Polícia Civil em São Francisco, cidade vizinha. Durante o interrogatório, o suspeito preferiu manter-se em silêncio.
O DIA entrou em contato com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais para entender para mais detalhes sobre o caso.