Isabel Cristina Fernandes Martins foi morta a facadasReprodução/Redes Sociais
A motivação seria uma desavença em relação a uma herança sobre a qual os irmãos discutiam na Justiça há anos. O crime ocorreu por volta das 16h da quinta-feira na casa da mãe deles. Detalhes sobre o processo de partilha de bens não foram divulgados. Além do homicídio, o homem pode responder por aborto, já que a vítima estava grávida. O caso também pode ser enquadrado como feminicídio, conferindo adicional à pena.
"O autor do crime desferiu diversos golpes de faca contra a irmã, que foi até a casa de sua mãe para levar um bolo de aniversário (a mãe faria 73 anos no dia seguinte). A vítima estava grávida, e, provavelmente, iria contar para a mãe a novidade", diz a Polícia Civil.
Conforme postagens em redes sociais de familiares, a vítima seria a dentista Isabel Martins. "A saudade que você deixou jamais será preenchida em nossos corações. Te amo para sempre, meu amor", escreveu o companheiro dela, Eduardo Mauricio.
"Que pesadelo, que crueldade fizeram com você, minha Belzinha. Estamos sem chão, sem acreditar que o ser humano é capaz de fazer tamanha maldade", escreveu uma parente chamada Daiana Mendes.
Isabel teria tentado fugir após ser golpeada, mas não resistiu e faleceu no local. O irmão fugiu em direção a terras da família, em meio a terrenos "íngremes e grandes" nos bairros de Pouso Alto e Riacho, em Gravatal. Ele vinha sendo buscado naquela área por uma força tarefa policial.
"Vários grupos táticos, cães farejadores, policiais civis, policiais militares, bombeiros e o helicóptero da Polícia Civil (SAER) foram utilizados na operação", afirma a Polícia Civil de Santa Catarina.
"Paralelo às buscas, a autoridade policial que preside as investigações, Dr. Willian Antônio Meotti, representou pela prisão temporária do criminoso, cuja medida cautelar teve pronta manifestação do Ministério Público e célere decretação por parte do Poder Judiciário da Comarca de Armazém." "O inquérito policial sobre o crime deve ser concluído dentro do prazo legal".
O Brasil bateu recorde de feminicídios em 2023, com quatro mulheres mortas por motivos ou condições relacionadas ao seu gênero por dia.
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