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Rio Negro atinge nível histórico e tem pior seca em 122 anos; veja imagens

Todos os municípios do Amazonas estão em situação de emergência

O Rio Negro, que banha diversas cidades no Amazonas, incluindo a capital Manaus, atingiu um nível histórico e registrou a maior seca em 122 anos, nesta quinta-feira (3). Às 17h, o nível do rio chegou a 12,69 metros, segundo dados levantados pelo Greenpeace Brasil da Rede Hidrometeorológica Nacional - RHN, Serviço Geológico do Brasil estação Rio Negro em Manaus.
A marca é a menor desde 1902, quando as medições foram iniciadas, superando os 12,7 metros em outubro de 2023. Desde 1º de outubro, o rio tem secado 14 centímetros por dia, mas chegou a secar mais de 25 centímetros por dia na primeira semana de setembro, o que significa que ele continuará secando nos próximos dias.
Vale lembrar, para efeito de comparação, que o rio já chegou a medir 30 metros na região de Manaus, em 2021. O Rio Negro percorre mais de 1,3 mil km do território brasileiro e é o maior afluente da margem esquerda do Rio Amazonas, o maior rio em vazão do mundo.
“A seca chegou mais cedo em várias regiões da Amazônia em 2024. Ela também está mais severa e mais extensa este ano. Importantes rios da região sequer tinham se recuperado da seca histórica do ano passado quando foram atingidos pelo atual estiagem. De maneira geral, quase todas as bacias da Amazônia enfrentam recorde de estiagem em algum trecho”, diz o porta-voz do Greenpeace Brasil, Rômulo Batista.
De acordo com o boletim sobre a estiagem divulgado pela Defesa Civil na segunda-feira (30), a seca histórica que atinge o estado do Amazonas já impacta a vida de 747.642 pessoas em todo o estado. Todos os municípios estão em situação de emergência.
“Depois de sofrer com queimadas e muita fumaça, agora Manaus passa pela maior seca da sua história, com o menor nível já registrado no Rio Negro. Todos sofrem com este cenário de evento climático extremo, mas principalmente as populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas e periurbanas de Manaus. É urgente garantir o acesso dessa população à água, alimentação, saúde, transporte, educação e acesso às zonas eleitorais no próximo final de semana, quando ocorrem as eleições municipais”, diz Batista.
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