São Paulo sofreu com apagão após temporais no estadoPaulo Pinto / Agência Brasil
Chuvas moderadas deixam 37 mil clientes sem luz em SP, atualiza Enel
Maior concentração de imóveis afetados foi em Pinheiros, Vila Andrade, Jabaquara e Santo Amaro
Por conta das chuvas deste sábado (19), cerca de 138 mil imóveis chegaram a ficar sem energia elétrica na capital paulista, de acordo com a concessionária Enel. As zonas sul e oeste, mais especificamente os bairros como Pinheiros, Vila Andrade, Jabaquara e Santo Amaro, foram os mais afetados. À noite, na atualização das 23 horas, o total de clientes sem luz havia sido reduzido para 37 mil imóveis e se concentravam em São Bernardo do Campo e Diadema, na Região Metropolitana, ainda de acordo com concessionária.
A empresa informou que suas equipes estão atendendo 700 ocorrências por falta de energia na Região Metropolitana. Um contingente de 2,4 mil profissionais foi mobilizado para a atuação nos casos de falta de energia neste sábado.
Na sexta-feira (18), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, encaminhou um ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que a Enel Distribuição São Paulo mobilizasse equipes para os eventos climáticos entre os dias 18 e 20 de outubro.
O documento cita a necessidade de "acionamento da contingência ao enfrentamento de situação que eventualmente enseje a interrupção de energia". Os pedidos foram realizados depois que um apagão que atingiu a cidade após o temporal de sexta-feira (11), quando mais de 3 milhões de imóveis ficaram sem luz.
O restabelecimento total demorou dias e a empresa voltou a ser alvo de queixas de clientes e autoridades. O tema ocupou ganhando parte das discussões na campanha eleitoral à Prefeitura de São Paulo.
A extensão do problema e a demora na reação levaram o governo federal a abrir um processo disciplinar contra a empresa italiana, o que eventualmente pode levar à perda de concessão.
A empresa diz não ver requisitos para isso, uma vez que afirma cumprir os requisitos contratuais. Conforme o Estadão mostrou, o tempo de reação da Enel em dias críticos piorou e os investimentos caíram.
A companhia transferiu a concessão em Goiás no fim de 2022 após ser praticamente "expulsa" pelo governo estadual, motivado por uma série de falhas de fornecimento.
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