Elmar NascimentoArquivo/Valter Campanato/Agência Brasil

O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), afirmou que não tem como apoiar o projeto que concede anistia aos condenados por envolvimento nas manifestações antidemocráticas de 8 de janeiro de 2023, caso receba apoio do PT para ser alçado à presidência da Câmara.
A declaração ocorreu nesta terça-feira, 29, na Câmara, após uma reunião com a bancada do PT, onde ele propôs uma aliança para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL).
"Em política e na vida, a gente tem que fazer escolhas e tem que ter lado. Nós temos um lado muito claro do PL e um lado muito claro do PT. Numa eleição em que haja disputa, isso vai ficar muito aberto", declarou.
Elmar continuou: "De forma muito sincera e muito honesta, eu não tenho como receber o apoio do PT e da esquerda e apoiar a pauta mais cara contra eles, e vice-versa".
Na sequência, o deputado disse que "não dá para se esconder, dizer que isso não é um tema sensível e não ter coragem de assumir posição. Isso não é estimular a briga, isso é estimular o debate".
Elmar reforçou que afirma a sua posição como candidato à presidência da Câmara, e não como líder do União Brasil na Câmara.
"Eu falo como candidato que, se eu tiver o apoio do PT, que é o 2º maior partido da Casa, e da federação PT-PCdoB-PV, eu tenho que estar compromissado com aquilo que é o tema mais caro para eles", disse.
As declarações ocorrem no mesmo dia em que Lira anunciou o líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta (PB), como o seu candidato para a presidência da Câmara. As bancadas do PP e do Republicanos também oficializaram o apoio.
O PT ainda não anunciou a sua posição. A bancada petista deve se reunir nesta quarta-feira, 30, para discutir sobre o tema. Os integrantes da legenda afirmaram que têm ouvido os três candidatos, Elmar, Motta e o líder do PSD, Antonio Brito (BA).