Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo LewandowskiLula Marques/Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, questionou nesta quinta-feira, 31, a atuação das polícias do Rio e do Distrito Federal enquanto apresentava a proposta de emenda à Constituição (PEC) para alterar o modelo de segurança pública no País.
Primeiro, Lewandowski disse que o homicídio da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista, Anderson Gomes, só foi solucionado após a Polícia Federal entrar no caso. Criticou a Polícia do Rio de Janeiro por não ter resolvido o caso antes.
"Por 5 anos, me desculpe governador Cláudio Castro, a Polícia do Rio de Janeiro demorou e não elucidou (o crime). A valorosa e combativa Polícia Federal entrou com sete homens e desvendou esse lamentável crime", disse o ministro. Castro, que está presente na reunião com Lewandowski, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais governadores, reclamou, ao que o ministro da Justiça respondeu: "Mas não é crítica. Estamos colaborando muito proximamente. Agora o Mario Sarrubbo foi ao RJ a seu pedido, estamos em pleno diálogo".
Depois, o ministro defendeu que caso houvesse uma Polícia Ostensiva Federal no desenho previsto na PEC da segurança pública, a invasão do 8 de janeiro não aconteceria e ressaltou que a PF identificou "graves falhas" na atuação da Polícia Militar do Distrito Federal no caso.
"A Polícia Ostensiva Federal poderá, conforme se dispuser em lei, exercer policiamento ostensivo na proteção de bens, serviços e instalações federais. Presidente, se tivéssemos em 8 de janeiro de 2022 (ele quis dizer 2023) uma Polícia Ostensiva Federal, não teria ocorrido a invasão nas sedes dos Três Poderes Nós dependemos da Polícia Militar do DF. Sem nenhuma crítica, mas a PF terminou o inquérito com relação a esse assunto e chegou à conclusão de que houve graves falhas por parte desta honrada e valorosa corporação do Distrito Federal", declarou.