Ricardo Lewandowski destacou a participação popular na elaboração do programaLula Marques / Agência Brasil
“O direito de crescer em paz depende de a sociedade participar diretamente e reivindicar os seus direitos. Tudo isso que estamos construindo aqui é fruto de uma mobilização popular que esperamos estar em franco crescimento”, afirmou o ministro Ricardo Lewandowski.
A iniciativa foi construída com a participação de todas as secretarias da pasta da Justiça e Segurança Pública, em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) — e em diálogo com outros órgãos do governo federal, como os ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), da Educação (MEC) e da Saúde (MS). Para 2025, estão previstos investimentos de aproximadamente R$ 82 milhões, a serem distribuídos entre as 45 ações.
“A estratégia reconhece o papel indispensável do sistema de justiça, não apenas na prevenção, mas também na resposta às graves formas de violência enfrentadas por crianças e adolescentes”, avaliou a representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas sobre Violência contra Crianças e Adolescentes, Najat Maalla M’jid.
Secretária dos Direitos da Criança e do Adolescente do MDHC e presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Pilar Lacerda enfatizou que todas as crianças e adolescentes brasileiros têm o direito de crescer em um ambiente de paz. “Vamos dizer o que queremos do nosso país na forma como tratamos as crianças e adolescentes. Ter esse programa é muito importante e determinante para que as nossas políticas sejam cada dia mais efetivas”, ressaltou.
As ações do Ministério da Justiça inseridas na Crescer em Paz estão organizadas em quatro eixos prioritários de proteção: insegurança e vulnerabilidade; justiça; digital; e jornadas vulneráveis. As medidas visam a mitigar fatores de risco para violências, criar serviços intersetoriais de acolhimento e implementar novos equipamentos públicos, disseminar metodologias de prevenção, fortalecer a formação de profissionais de segurança pública e aprimorar investigações de crimes. Em relação aos novos riscos oferecidos pelo ambiente digital, a estratégia cria medidas para reforçar a segurança de crianças e adolescentes na internet.
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