Chiquinho Brazão Reprodução/TV Globo
Chiquinho Brazão deixa prisão no Mato Grosso do Sul
O parlamentar cumprirá prisão domiciliar no Rio de Janeiro, com monitoramento por tornozeleira eletrônica
O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) foi liberado do Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, na tarde deste sábado (12), após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Agora, o político cumprirá prisão domiciliar no Rio de Janeiro, com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
O parlamentar é um dos réus na ação penal sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018, no Rio de Janeiro.
A decisão do ministro foi motivada por um pedido de soltura feito pela defesa de Brazão. Os advogados alegaram que o deputado teria "alta possibilidade de sofrer mal súbito, com risco elevado de morte".
Além disso, a defesa relatou a ocorrência de episódios recentes de angina (dor provocada pelo baixo volume de sangue no coração). Os advogados também informaram que o político já passou por um cateterismo e pela instalação cirúrgica de um stent, após exames constatarem a obstrução de duas artérias coronarianas.
O deputado terá uma série de proibições, além de ser obrigado a utilizar a tornozeleira eletrônica. Entre elas, está proibido de usar redes sociais, conceder entrevistas e visitar ou se comunicar com outros investigados, exceto em casos autorizados pelo STF. Estão permitidas apenas visitas de advogados, irmãos, filhos e netos.
Réus
Além de Chiquinho Brazão, o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, são réus no caso Marielle Franco. Eles estão em presídios federais.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que têm ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.
Conforme a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso que efetuou os disparos de arma de fogo contra a vereadora Marielle, os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa atuaram como mandantes. Barbosa teria participado dos preparativos da execução do crime.
Desde o início das investigações, os acusados negam participação no crime. Em novembro do ano passado, Lessa e o ex-policial Élcio de Queiroz, que dirigiu o carro usado no crime, foram condenados pelo 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Ronnie Lessa foi sentenciado a 78 anos, nove meses e 30 dias de prisão. Élcio a 59 anos, oito meses e dez dias.
*Com informações do G1
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