Bia Kicis (PL) e Sâmia Bomfim (PSOL) trocaram ataques em sessão da Câmara dos DeputadosDivulgação / TV Câmara

Mais artigos de O Dia
O Dia
As deputadas federais Bia Kicis (PL) e Sâmia Bomfim (PSOL) protagonizaram um bate-boca na Câmara dos Deputados, durante a votação da chamada PEC da Blindagem. A discussão começou depois que a parlamentar de esquerda fez comentários sobre uma possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"É impressionante como essa turma do Bolsonaro está há meses trabalhando para salvar bandido e criminoso. Querem aprovar anistia para os criminosos golpistas e hoje entregam para a sociedade a PEC da Blindagem. E fazem isso com o sorriso no rosto. Mas eu quero ver o sorrisinho no rosto de vocês quando Bolsonaro começar a cumprir pena. Um vi sorrir para entregar uma marmita, o outro vai sorrir para levar cigarro, o outro vai sorrir para levar roupa limpa, o outro vai sorrir pra levar um livro. Aliás, um livro não, porque até parece que aquele ignorante lê alguma coisa. O outro vai sorrir para levar uma maçã", afirmou Sâmia.
Ela também falou sobre a mulher de Bolsonaro para atacá-lo novamente. "Não sei se a Michelle vai sorrir na hora de fazer visita íntima. Afinal de contas, acho que ela deve estar dando graças a Deus não ter mais que conviver com um sujeito asqueroso como aquele", disse no encerramento da sessão, na última terça-feira (16).
Depois, Kicis, em seu discurso, devolveu os ataques, declarando que Sâmia "tem que lavar essa boca suja dela". "Esse povo não tem coração, não tem humanidade. O presidente Bolsonaro acaba de ir novamente pro hospital, ficou internado. Hoje, ficou sem ar, sem respiração. Está muito doente por conta da facada lá de trás e dos maus tratos, das perseguições absurdas que ele está sofrendo. Nenhuma pessoa normal consegue resistir emocionalmente a tanta perseguição, tanta nojeira. Vai lavar sua boca, sua imunda", disparou.
A deputada do PSOL, então, pediu a palavra e rebateu citando críticas sobre a gestão Bolsonaro, a trama golpista e a Lei da Anistia. "Imundície é ser líder de uma organização criminosa que tenta atentar contra o estado democrático de direito e passar por cima da vontade do povo brasileiro. Imundície é ter ficado décadas aqui no Parlamento sem ter entregue nada de útil para a população. E agora quer, através de uma PEC da Anistia, passar por cima de uma decisão justa e correta do povo brasileiro. São 27 anos e 3 meses de prisão para aquele bandido. É muito pouco perto de tudo de ruim que ele fez para o povo brasileiro. E a cela que ele vai estar vai ser muito imunda."
Entenda a PEC
A Câmara dos Deputados aprovou, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição que ganhou o nome de PEC da Blindagem por dificultar a responsabilização de parlamentares. O texto, que passou com 344 votos a favor e 133 contrários, exige autorização prévia do Congresso para que o Supremo Tribunal Federal (STF) processe criminalmente deputados e senadores.