ItamaratyFabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu, de última hora, ir ao encontro. Ele deve viajar na noite do próximo sábado, 8, ou no próprio domingo, 9, de manhã, e voltar no mesmo dia. Na segunda-feira, 10, Lula estará novamente em Belém para a abertura da COP30.
A secretária para América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Gisela Padovan, lamentou a ausência de chefes de Estado na cúpula da Celac-União Europeia, mas disse que isso não necessariamente representa um gesto político dos países ausentes.
"Não faria leitura automática de que por ter menos gente (tem gesto político). Reconhecemos que há polarização, dificuldades entre países, tem muitas circunstâncias, mas não é a única explicação. (Os chefes de Estado de) Argentina e Paraguai vão à posse do presidente da Bolívia, por exemplo", disse Padovan, em entrevista à imprensa no Itamaraty nesta quinta-feira, 6, sobre a Cúpula Celac-UE.
"Lamento que os chefes de Estado estejam perto e não vão, mas há (outras) circunstâncias", completou.
Padovan explicou que a reunião que será realizada nos dias 9 e 10 de novembro em Santa Marta não foi convocada por causa da tensão envolvendo a Venezuela, mas que "é óbvio" que o assunto será tratado.
Quanto à possibilidade de o Brasil se colocar como um possível interlocutor entre os Estados Unidos e a Venezuela, como já ocorreu no primeiro mandato do petista, a embaixadora reforçou que isso só acontecerá se houver uma solicitação por parte dos dois países.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.