Protegido adequadamente, o técnico da Vigilância Sanitária constatou que o animal estava morto Foto Divulgação/Secom

Campos – Veterinários, técnicos e biólogos que forem manipular aves silvestres estão sendo orientados a usarem equipamentos de proteção para diminuir o risco de transmissão de gripe aviária para humanos. Quem orienta é o subsecretário da Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav) de Campos dos Goytacazes (RJ), infectologista Rodrigo Carneiro.
O alerta acontece em decorrência de informação recebida na semana passada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de que uma ave silvestre proveniente de São João da Barra, com sintomas da gripe aviária, tinha sido encaminhada para uma clínica veterinária em Campos.
Segundo Carneiro, as equipes da Vigilância Sanitária (VISA), juntamente com a Subpav e o Núcleo de Defesa Agropecuária do Estado, foram acionadas e se deslocaram até a clínica, tendo encontrada a ave morta. Material coletado foi enviado ao laboratório de referência (LACEN), sendo identificado que a ave estava infectada pelo vírus H5N1.
Todas as pessoas que tiveram contato com o animal passaram a ser monitoradas pela Vigilância Epidemiológica, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, permanecendo em isolamento domiciliar; de 13 pessoas, quatro apresentaram sintomas respiratórios durante o período de vigilância.
“Seguindo protocolo recomendado, como medida preventiva, foi iniciado tratamento medicamentoso e feita coleta de material para análise laboratorial”, explica Carneiro reforçando que na noite dessa segunda-feira (22), a Subpav recebeu o resultado da análise, que descartou a contaminação da gripe aviária.
“Assim que tomamos conhecimento do caso adotamos todos os protocolos, com uso de medicamentos e coleta de material para análise”, reafirma o infectologista enfatizando: “Felizmente descartamos a infecção em humanos, que ainda não foi demonstrada em nenhum lugar do país; seguimos vigilantes; esse episódio mostra um caráter pedagógico para a população que deve estar alerta, principalmente, aqueles que têm contato direto com aves silvestres e migratórias”.
De acordo com a assessora chefe da VISA, Vera Cardoso de Melo, o estado e o município já estavam trabalhando em conjunto, visitando as granjas e aviários para orientar sobre a doença e pedir que, caso ocorra a morte de alguma ave, os proprietários entrem em contato com a Vigilância Sanitária ou com o Núcleo de Defesa Agropecuária.
Vera aponta que o telefone de contato da VISA é (22) 98175-0648 e o da Defesa Agropecuária, (22) 99983-2556: "Se o caso for comunicado à Defesa Agropecuária, ela vai acionar a VISA, e vice-versa; os dois vão trabalhar sempre em conjunto; estamos tratando esse assunto com toda atenção que requer".
A assessora assinala que “a gripe aviária é uma doença que afeta principalmente aves domésticas e silvestres, mas pode acometer seres humanos através do contato com animais doentes, vivos ou mortos, e locais contaminados”.