Com a entrada em vigor da portaria e a Ceramistas fechada, os caminhões estão parados no acesso pela Arthur Bernardes Foto Vadinho Ferreira/Secom

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Campos – Anunciada com antecedência de quase um mês pelo Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), o tráfego de caminhões acima de quatro eixos está proibido em vias urbanas de Campos dos Goytacazes (RJ) a partir desta segunda-feira (10). Agentes da Guarda Civil estão posicionados em pontos estratégicos, para garantir o cumprimento. Dezenas de carretas estão paradas em extensão de acesso à Avenida Arthur Bernardes.
O principal destino dos motoristas é o Porto do Açu, em São João da Barra. Eles aguardam uma alternativa de trânsito, já que o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) interditou, para obras, a Estrada dos Ceramistas (Rodovia RJ-238), pela qual deveriam transitar.
Para garantir a segurança dos campistas e evitar o desgaste do solo, o IMTT publicou a portaria decidindo pela proibição das carretas na região urbana no dia 27 de fevereiro. No entanto, nove dias antes havia comunicado ao DER e ao Porto do Açu. Ainda assim, o órgão estadual anunciou, na noite da última sexta-feira (7), que havia necessidade de manter a Estrada dos Ceramistas fechada, para a conclusão das obras.
Segundo o presidente do IMTT, a reforma da rodovia se arrasta desde 2022; em outubro de 2023 também chegou a ser fechada para obras e só foi reaberta após nove meses. A prefeitura sugeriu ao DER, desde o início das obras, a manutenção do tráfego pela RJ 238 em sistema de ‘Pare e Siga’.
“A estratégia ocorre geralmente em vias de grande movimento durante manutenção na pista, assim como também aconteceu entre os dias 20 de dezembro de 2024 e seis de janeiro deste ano, na própria Estrada dos Ceramistas”, ressalta Oliveira lembrando que, em novembro do ano passado, “o DER se comprometeu em realizar a manutenção do pavimento de vias por onde o tráfego seria desviado após a interdição da RJ 238, o que não aconteceu até o momento”.
ESTRATÉGIA - Há quatro pontos de bloqueios, todos sob orientações da Guarda Civil. Neles, os agentes acolhem os caminhoneiros com orientações e distribuição de água: "Liberamos os caminhoneiros que iam fazer entrega no comércio de Campos e estamos prestando todo o apoio necessário a quem não pode seguir viagem”, informa Wellington Levino, comandante da Guarda.
“Na Avenida Arthur Bernardes, há inúmeros carreteiros parados. Além deles, outros estão em postos de combustíveis pela BR-101 e muitos sequer saíram de seus locais de origem por saberem que não teriam acesso”, pontua Levino assinalando: “Seríamos levianos se permitíssemos que eles trafegassem normalmente pelo trecho urbano nesta volta às aulas, em que o número de campistas circulando no trânsito urbano aumenta consideravelmente”.
O DER informa que segue dialogando com a prefeitura e que já pediu a extensão do prazo para que não haja comprometimento dos serviços realizados e impacto no cronograma da obra: “O órgão já encaminhou um segundo ofício nesta segunda-feira (10) reiterando a solicitação. No documento, o DER-RJ reforça o compromisso em reparar quaisquer danos causados na via municipal usada como rota alternativa".