A prefeitura de Campos destaca que opta por uma gestão eficiente e decisiva, priorizando os salários dos servidores Foto Divulgação

Campos – O Índice Firjan de Gestão Fiscal 2025 (IFGF 2025), divulgado nessa quinta-feira (18) pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, revela que na média, os municípios fluminenses terminaram o ano de 2024 com uma situação fiscal preocupante. Porém, Campos dos Goytacazes aparece em boa posição.
O IFGF médio do estado alcançou 0,5587 ponto, valor abaixo da média nacional (0,6531); e de modo geral, a região norte não está bem colocada; mas Campos encerrou o ano com nota 0,6021, mantendo equilíbrio nas contas e controle eficiente dos gastos com pessoal, embora ainda enfrente limitações em investimentos públicos.
Segundo a Firjan, mais da metade dos municípios do Rio de Janeiro (50,6%) encerrou 2024 com situação fiscal difícil ou crítica e apenas 6,0% administraram seus recursos com excelência – dados no gráfico abaixo. “Apesar desse panorama predominante, 43,4% das prefeituras fluminenses conseguiram manter uma boa situação fiscal em 2024”.
A Firjan avalia que o Brasil enfrenta um ambiente econômico desafiador, com juros altos, contas federais em desequilíbrio e incertezas externas. A colocação é refletida em coro pelos municípios, expressada pelo diretor de Indicadores Econômicos e Sociais de Campos dos Goytacazes, economista Ranulfo Vidigal, em entrevista a O Dia nessa quinta-feira (18).
A federação observa que se consolida internamente um quadro de baixa competitividade, que trava o crescimento e afasta investimentos. Vidigal justifica que a situação leva as prefeituras à priorização das despesas obrigatórias (com pessoal e o custeio básico da máquina) e as discricionárias, que são os investimentos, ficam em segundo plano.
PODIA SER MELHOR - “Nesse cenário, municípios ganham relevância; por estarem mais próximos do cidadão, podem atacar ineficiências e transformar a gestão dos recursos públicos em melhores serviços para a população”, realça a Firjan reforçando a tese do economista na justificativa para a menor proporção da taxa de investimentos dos municípios detectada pelo IFGF.
O prefeito Wladimir Garotinho admite que a classificação de Campos não atingiu a sua expectativa: ”Só não ficamos ainda melhor por conta do setor de investimento público, que tivemos que reduzir e readequar para manter a saúde funcionando, pelo não repasse do cofinanciamento por parte do governo do estado”.
Ratificando a análise de Vidigal, Wladimir exemplifica: “Temos conseguido manter as contas em dia, a cidade viva e cuidando das pessoas através de ações sociais e políticas públicas assertiva. Desde quando assumimos o primeiro mandato temos priorizado os salários dos servidores, pagando dentro do mês de vencimento”.