Fernando Mansur - colunistaSABRINA NICOLAZZI

Começo com uma citação intrigante: “Todas as coisas são indestrutíveis se permanecem em sua condição adequada, mas sujeitas à destruição se desejarem transpor e transgredir seus limites naturais”. Contextualizando: Em um determinado momento da Criação, Deus atuará “para que todas as coisas permaneçam em sua condição natural, e nada deseje algo que seja contrário à sua natureza”.
Falo do portentoso livro Fragments of a Faith Forgotten (Fragmentos de uma Fé Esquecida) de G.R.S. Mead. Escrito no início do século 20, a obra dá uma visão panorâmica de todo o campo do Gnosticismo primitivo. Mostra quais foram os principais gnósticos e suas ideias, apresenta trechos dos Códices Bruce e Askew, do importante tratado Pistis Sophia, além de trazer Novos Ditos de Jesus.Boa parte desses conhecimentos está vindo gradualmente à luz em língua portuguesa através da Editora Garbha-Lux. Os interessados neste tema encontram livros importantes já editados por ela aqui no Brasil. Os livros são de autoria de Alberto Brum, às vezes em parceria com Jane Dullius e/ou Alaya Dullius. Vou citar alguns:
- A Gnosis de João – O Apócrifo, o Hino e a Cruz de Luz do Essênio-Gnóstico Yohanan.
- Bardesanes e os Hinos de Tomé – O Filósofo-Gnóstico de Edessa e as Canções dos Atos de Tomé.
- Gnosis e Apokalypsis de Tiago – Yakob, Cerinto e os Nazarenos-Ebionitas.
E o mais recente:
A Gnosis da Luz do Bruce Codex – O Apocalipse e os Livros de Ieu editados por Carl Schmidt.
Tentaram apagar os gnósticos da história, mas “não existe nada escondido que não venha a ser revelado”... E é o que está acontecendo. Procuremos. Vamos!