Seu celular te espia? A verdade por trás dos anúncios "telepáticosPexels

Na era digital, onde os smartphones se tornaram extensões do nosso corpo, uma dúvida frequente é compartilhada por quase todo mundo que você conhece: será que nossos dispositivos escutam nossas conversas para direcionar anúncios? A resposta, embora complexa, pode ser resumida em um sonoro não.
Mas como os anúncios parecem tão certeiros, às vezes até assustadoramente precisos? A explicação reside em uma combinação de fatores, sem a necessidade de espionagem invasiva.
Embora os assistentes virtuais como Siri, Google Assistente e Alexa utilizem microfones para captar comandos de voz, sua função se limita a isso. Ou seja, eles não gravam suas conversas completas para fins publicitários. 
No Brasil, a LGPD entrou em vigor em 2020, regulamentando a coleta e o uso de dados pessoais por empresas. Isso significa que as empresas são obrigadas a serem transparentes sobre como seus dados são utilizados, incluindo para fins de publicidade.
A verdadeira chave para anúncios "personalizados" reside nos famosos cookies. Esses pequenos arquivos armazenados no seu navegador rastreiam sua navegação na internet, coletando informações sobre seus interesses e hábitos de consumo.

Através de uma técnica de computação chamada Retargeting, ou simplesmente, Redirecionamento, empresas de publicidade utilizam esses dados para exibir anúncios relevantes em sites e aplicativos que você visita. É por isso que, após pesquisar por um produto, ou visitar determinado local, você pode começar a ver anúncios relacionados em diversos lugares online.
Empresas investem pesado em análise de dados e inteligência artificial para aprimorar a segmentação de anúncios. Através de algoritmos complexos, cruzam informações como histórico de pesquisa, localização, compras anteriores e até mesmo interações em redes sociais para criar perfis detalhados de cada usuário.