Patrícia Ribeiro durante palestra na Livraria da Travessa, em Lisboa, onde abordou temas como identidade, respeito e representatividade femininaFoto: rede social
Com a serenidade de quem construiu uma trajetória marcada por superação, Patrícia fez um apelo ao respeito e à responsabilidade no debate público:
“Ser mulher trans não é ser chacota, não é algo passageiro ou sujeito a modismos. É uma condição que deve ser entendida com seriedade e respeito”, destacou.
A artista relembrou ainda os desafios que enfrentou para ver reconhecida a sua identidade civil, num tempo em que não havia legislação específica sobre o tema:
“Tive de recorrer à Justiça para poder ter o meu nome e a minha realidade respeitados. Foram mais de dois anos vivendo uma contradição entre o que eu era e o que constava nos meus documentos”, contou, emocionada.
Durante o evento, Patrícia também defendeu a importância do acompanhamento psicológico em processos de transição e de autoconhecimento:
“É uma decisão profunda e irreversível. Eu passei por um processo rigoroso, com acompanhamento médico e psicológico, que me deu total clareza sobre a escolha que fiz.”
Ao final, a cantora anunciou o lançamento de uma nova biografia, onde pretende revisitar capítulos marcantes de sua vida e carreira.
“Quero contar a minha história com verdade, mostrar a mulher, a artista e a força que há em cada passo dessa caminhada.”

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