Casamento: a arte de construir uma vida a dois
"Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante." (Eclesiastes 4:9-10)
Hoje vamos falar sobre uma das instituições mais importantes e, ao mesmo tempo, mais desafiadas da sociedade moderna: o casamento. Muito além de um contrato social ou uma mera formalidade, o casamento é uma dádiva que conecta indivíduos a um propósito maior, transcendendo vontades individuais.
No entanto, vivemos tempos em que sua importância parece ter sido relegada ao esquecimento, como se a solidez dessa aliança tivesse perdido espaço em meio à efemeridade dos relacionamentos contemporâneos.
Mas o que é o casamento, afinal? Ele não é apenas a junção de pessoas ou corpos. É o alicerce da sociedade. Sociedades saudáveis emergem de lares saudáveis. Famílias estruturadas moldam filhos com caráter, maridos íntegros e esposas compreensivas.
Sejamos sinceros: todo casamento tem suas imperfeições, afinal, ele é composto por pessoas imperfeitas. Não adianta tapar o sol com a peneira. Tensões e conflitos fazem parte da rotina. Contudo, a verdadeira beleza de um casamento sadio não está na ausência de problemas, mas na habilidade de lidar com eles, de aprender com as dificuldades e de crescer com os desafios.
Gosto de comparar o casamento a um carvão que fumega. Diferente da chama do início do namoro, que muitas vezes se apaga com o vento, o carvão é fortalecido pelo mesmo vento que tenta apagá-lo. Ele resiste, e quanto mais soprado, mais ardente se torna. Assim deve ser um matrimônio: forte, resiliente, sustentado por uma construção diária de amor e compromisso.
Meus pais são o exemplo vivo dessa verdade. Com mais de 65 anos de um feliz matrimônio, eles construíram juntos uma família linda tiveram seis filhos e perderam um ainda criança. Eles enfrentaram muitas dificuldades e moldaram-se um ao outro para alcançar uma longevidade em seu matrimonial.
Não foi fácil, mas foi possível porque suas metas e valores estavam alinhados. Quando isso acontece, os desafios deixam de ser monstros assustadores e tornam-se degraus que nos levam a um amor mais profundo.
Você precisa entender, que no calor das discussões, é fácil apontar o dedo. Mas quando os ânimos se exaltam, o convite do casamento é para olhar para dentro apontar para si. Como minhas atitudes podem contribuir para resolver este conflito? Essa é a pergunta que deve ecoar.
O casamento nos chama a praticar o perdão, a paciência e a compreensão. E perdoar, meus amigos, não é esquecer. É abrir mão de guardar rancor, é um ato de generosidade que libera espaço emocional para que o amor floresça.
Como dizem por aí, o casamento é a maior escola da vida. É nele que aprendemos o amor sacrificial, aquele que coloca o outro em primeiro lugar e que constrói pontes onde antes havia muros.
Respeitar o espaço, os sentimentos e as emoções do outro é a base de um casamento sadio. Como os antigos nos ensinam, uma comida excelente não é preparada no calor do fogo alto e apressado, mas em um cozimento lento e cuidadoso.
Assim também é o casamento: uma construção constante que exige paciência, dedicação e tempo para gerar frutos duradouros.
Casamentos felizes não são construídos em momentos perfeitos, mas em corações dispostos a amar, a perdoar e a crescer juntos. Eles são o resultado de pequenos gestos diários de bondade e comprometimento.
Se você está casado, reflita sobre o estado do seu relacionamento. O que pode ser feito hoje para fortalecer essa união? E se você ainda não deu esse passo, não tema. Prepare-se, amadureça e esteja confiante de que, apesar dos desafios, o casamento é uma das maiores e mais belas instituições. Afinal, casar-se não é apenas para ser feliz, mas para lutar pela felicidade do outro.
Pense nisso.
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