O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar (PL)Thiago Lontra / Alerj

Antes da primeira sessão de abril, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar (PL), reuniu a base governista em um almoço de alinhamento. No cardápio, vários temas importantes para o Palácio Guanabara. E os deputados aproveitaram o amargor do cafezinho para reclamar do que tem deixado um gosto ruim na boca.
Aos aliados, Bacellar informou que a situação dos cofres públicos não é das melhores — e ressaltou a necessidade de rediscutir temas como a redução das alíquotas de ICMS para combustíveis e energia. Como contou a coluna nesta terça-feira (4), a Comissão de Orçamento da Alerj apurou uma queda de R$ 2 bilhões na arrecadação estadual de fevereiro em relação ao mesmo mês de 2022.
O presidente da Casa também trouxe uma notícia para adoçar a conversa. O ex-deputado Luiz Martins (União) será nomeado como subsecretário na pasta de Governo, tendo como missão atender a pendências nos pleitos dos deputados. Mas junto com o afago, veio a cobrança: alguns parlamentares de primeiro mandato estariam muito "acelerados", e deveriam pisar no freio.
E já que a porteira das queixas foi aberta de um lado, o outro aproveitou para apresentar sua própria lista. Entre os atingidos pelos torpedos estavam desde a Polícia Militar até secretários que estariam se sentindo mais poderosos do que o próprio governador. Arderam especialmente as orelhas de Dr. Luizinho (PP), o empoderado secretário de Saúde, que se movimenta para viabilizar a candidatura a prefeito do Rio.