Sindicato dos Rodoviários busca garantir que motoristas não precisem dirigir e cobrar passagens ao mesmo tempoLuiz Ackermann
Com o fim da emergência sanitária da Covid-19, decretada pela ONU na semana passada, o Sindicato dos Rodoviários correu ao Tribunal Regional do Trabalho para retomar a discussão sobre a dupla jornada dos motoristas. Uma decisão de primeira instância, com antecipação de tutela, havia determinado que a cobrança de passagens deixasse de ser responsabilidade dos profissionais — adiando, porém, a vigência da medida para depois do fim da crise causada pela Covid-19.
"Com a petição feita hoje no próprio processo, estamos pedindo o que foi determinado pela justiça e que o processo prossiga para execução, já que o TRT determinou prazo de 180 dias após o término da pandemia para que a sentença fosse cumprida. Agora, estamos informando ao tribunal para que o processo seja apreciado o mais rápido possível", diz o presidente do sindicato, Sebastião José.
Enquanto, de um lado, a agremiação pede o retorno dos cobradores, o processo de digitalização dos pagamentos segue em curso na prefeitura. No ano passado, foi concluída a licitação da bilhetagem eletrônica, e o novo sistema deve ser implantado no BRT ainda em julho. A previsão de extensão a todos os modais regulados pelo município é de um ano. A expectativa é de diminuição cada vez maior do uso de dinheiro, com a substituição por cartões e pagamentos via celular.
*Colaborou o estagiário Gustavo Braz, sob supervisão de Aline Macedo.
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