Guardas municipais protestaram contra PLC 7/21 na Câmara do Rio nesta terça-feira (23)Davi Feliciano
E como não podia faltar fogo no parquinho, o prédio foi bastante agitado pelos oposicionistas, que aproveitaram espezinhar Eduardo Paes (PSD). Um dos mais empolgados com a oportunidade, Felipe Michel (PP) fez questão de lembrar aos presentes que as eleições de 2024 estão aí na esquina. Ele ainda desenterrou um vídeo da campanha de 2020, na qual Paes, então candidato à prefeitura, prometia não mexer na escala.
Como seria de se esperar, os olhares enviesados não partiram apenas dos parlamentares, mas também da plateia. Além de terem que ouvir duras críticas da tribuna — usada por muitos guardas para demonstrar a reprovação à proposta —, o comandante-geral da corporação, José Ricardo, e o secretário municipal de Ordem Pública (Seop), Brenno Carnevale, viram os agentes que estavam na arquibancada darem-lhes as costas.
Mas como nem só de oposição se vive, Pedro Duarte foi um que defendeu o projeto de escala organizado pela prefeitura, enfrentando as vaias dos presentes na sessão. O edil disse às galerias que poderiam contar com ele para diversos outros pleitos, como plano de carreira e armamento. No entanto, deixou bem claro que estariam por conta própria na questão da escala.
Waldir Brazão (Avante), na tribuna, defendeu uma alternativa no meio do caminho: uma escala de 12x48, na qual os guardas perderiam 12 horas de descanso, e a prefeitura, outras 12. Segundo ele, "um mau acordo é melhor do que nenhum".
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