Vereador na primeira legislatura, Fabio Silva (Podemos) foi eleito com 15.846 votos. Morador do Complexo do Chapadão, que reúne várias comunidades da Zona Norte do Rio, começou a trajetória profissional no volante de uma Kombi. É vice-presidente da Comissão de Assistência Social e de Abastecimento, Indústria, Comércio e Agricultura, além de integrar frentes parlamentares estratégicas como a continuidade das obras de ampliação e conclusão da Linha 4 do Metrô, Rio+Economia, Combate à Fome e Defesa das Creches Conveniadas.
SIDNEY: Uma de suas propostas é a ampliação das obras da linha 4 do metrô até a Zona Oeste, que apresenta dificuldades na área do transporte. Como conseguir a verba para essa obra?
FABIO SILVA: A ampliação da Linha 4 do Metrô até a Zona Oeste é uma prioridade para garantir mobilidade e dignidade ao trabalhador que passa horas no transporte público. Nosso papel é articular com o Governo do Estado e buscar apoio federal, apresentando estudos de viabilidade e pressionando por investimentos via PAC, parcerias público-privadas e emendas parlamentares. O povo da Zona Oeste não pode continuar invisível.
O senhor é vice-presidente da Comissão de Abastecimento, Indústria, Comércio e Agricultura. Quais os projetos na área para incrementar a geração de empregos?
Estamos trabalhando por uma cidade mais forte economicamente. Defendemos políticas de incentivo a pequenos negócios, feiras locais, capacitação profissional e atração de microindústrias para as regiões mais carentes. Queremos que a economia cresça de forma descentralizada, gerando emprego dentro das comunidades.
Como é o projeto Rio+Economia?
O Rio+Economia é uma frente parlamentar que valoriza a economia popular, solidária e criativa. Nosso objetivo é dar visibilidade e apoio aos pequenos produtores, artesãos, feirantes, coletivos culturais e iniciativas sustentáveis. Defendemos acesso ao crédito, desburocratização e espaços públicos para comercialização. É uma resposta concreta à geração de renda com identidade local.
Como resolver o aumento de moradores de rua no Rio de Janeiro?
É preciso tratar o problema com humanidade e estratégia. Defendemos políticas públicas que unam abrigamento com capacitação, saúde mental, assistência social e reinserção no mercado de trabalho. É fundamental ampliar os convênios com organizações sérias, garantir acolhimento digno e investir em oportunidades para que essas pessoas tenham uma nova chance.
Um dos seus objetivos é incentivar o empreendedorismo. Quais os projetos para incentivar a geração de renda?
Acreditamos que o empreendedorismo transforma realidades. Nossos projetos incluem cursos gratuitos de capacitação profissional, articulação com parceiros para microcrédito, e incentivo à formalização como microempreendedor individual (MEI). Também atuamos pela criação de feiras, polos produtivos e espaços compartilhados para quem está começando a empreender.
Quais as propostas para famílias atípicas terem mais inclusão na sociedade?
Criamos a Frente Parlamentar em Defesa das Famílias Atípicas com foco em inclusão real. Lutamos por mais vagas em creches e escolas, ampliação de terapias essenciais como fonoaudiologia e terapia ocupacional, transporte adaptado, e formação de profissionais da rede pública. Nossa missão é garantir dignidade e respeito a essas famílias que enfrentam desafios invisíveis todos os dias.