Tamanduá visita Usina de Itaipufoto de divulgação Itaipu

Só falta colocarem a culpa nele pelo apagão.
Um tamanduá-mirim chamou atenção ao passear pela área da Usina de Itaipu. Até a pista de corrida e ciclovia destinadas aos funcionários e visitantes foi explorada pelo bicho. Acredita-se que tenha vindo da área de conservação ambiental localizada entre a cidade brasileira de Foz do Iguaçu e o Paraguai.
“A presença do animal reforça ainda mais o bom indicador de qualidade do ambiente em Itaipu” - diz o médico veterinário Pedro Henrique Ferreira Teles, da Divisão de Áreas Protegidas.
Ainda de acordo com Teles, tamanduás não atacam nada além de formigas e cupins.
“O animal se levanta para parecer maior e mostra as unhas quando se sente acuado, mas somente as utiliza caso haja uma aproximação muito grande ou se ele for tocado”.
Quem o encontrou foi o superintendente de Obras e Desenvolvimento, Kleber da Silva, quando estava saindo da usina, de bicicleta. Para garantir que o animal atravessasse a pista com segurança, o superintendente sinalizou para os motoristas reduzirem a velocidade. Só então tirou o celular do bolso e registrou as imagens.
Para evitar atropelamento de animais silvestres, há várias placas de sinalização de trânsito com alertas espalhadas pela Itaipu, sem contar o controle feito pelo radar de velocidade.

Tamanduá-mirim
Apesar do nome popular, o tamanduá-mirim é um mamífero de médio porte que pertence medindo entre 87 e 110 cm (da cabeça à cauda) e pode pesar até dez quilos.
Por possuírem o metabolismo mais lento que os demais mamíferos, os tamanduás caminham mais devagar e correm maior risco de atropelamento. Pelo seu hábito de alimentar-se de insetos, tanto o bandeira como o mirim são importantes na natureza, ajudando a controlar as populações de formigas e cupins, que podem virar pragas quando não encontram inimigos naturais.
Refúgio
O Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), da Itaipu, é referência em conservação de fauna e flora, especialmente para outras empresas do setor elétrico. A unidade de conservação ocupa uma área de 1.780 hectares e integra a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), sendo reconhecido como um posto avançado dessa rede.

O RBV também compõe o Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná, que conecta o Parque Nacional do Iguaçu às áreas protegidas da Itaipu e ao Parque Nacional de Ilha Grande. Boa parte da vegetação, que hoje é floresta, foi recomposta pela Itaipu de áreas de pastagens e gramíneas.