Queda na taxa Selic pode impulsionar as vendas de imóveis para quem deseja morar e também para os investidoresFreepik
Empresários otimistas com a redução da Selic
Decisão estimula o crédito imobiliário e impulsiona as vendas
Dando sequência ao assunto da semana que é a redução de 0,5 ponto percentual (p.p) na Selic (taxa básica de juros da economia brasileira), que passou para 13,25% ao ano, a coluna ouviu empresários do setor que também estão otimistas com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
“A redução da taxa Selic traz benefícios significativos para a construção civil e para o mercado imobiliário. Com a queda, o cenário se torna mais favorável para investimentos em projetos, uma vez que o custo do crédito é reduzido. A decisão estimula ainda a demanda por financiamentos imobiliários, tornando-os mais acessíveis para os compradores, impulsionando assim as vendas de imóveis”, analisa Luciano de Almeida, diretor da Plenty Construtora. Ele diz ainda que será possível observar uma revitalização de áreas urbanas e uma maior oferta de imóveis no mercado, o que favorece os compradores em busca de novas moradias. “No entanto, é importante ressaltar que a economia é um sistema complexo e outros fatores podem influenciar a construção civil e o mercado imobiliário. A política monetária, a demanda do consumidor e o cenário macroeconômico também são elementos que merecem ser considerados”, observa Almeida.
Felipe Lemos, gerente Comercial da The INC Incorporadora, comenta que o novo patamar da Selic vai impulsionar os lançamentos, uma vez que a maioria dos clientes que compra imóveis na planta utiliza o financiamento. “Logo os bancos estarão acompanhando a queda dos juros e a aquisição ficará mais barata. Com isso, as construtoras vão buscar mais projetos para lançamentos e ofertar ainda mais produtos para as famílias que assim desejarem”, destaca Lemos.
Alessandra Araujo, presidente da Fernandes Araujo Participações, complementa que a medida também pode motivar o investidor a direcionar recursos para a aquisição de imóveis em vez de outras alternativas para diversificar o patrimônio. “Como consequência, poderemos ter um aumento da demanda, o que resultará na valorização dos preços”, prevê a executiva.
Já Renato Teixeira, CEO da CIA Multiplataforma Imobiliária, torce para que este seja o primeiro de outros cortes. “O mercado imobiliário espera que nas novas reuniões do Copom esse percentual caia mais. Estamos bem animados e esperamos que esse ciclo continue até chegarmos a uma taxa de um dígito. Essa é a grande expectativa do setor”, ressalta Teixeira.
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