A coluna traz hoje a opinião de Elcilio Brito, presidente da Lopes Rio, sobre os impactos da nova faixa 4 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que entrará em vigor a partir de maio. Confira:
"Foi bom ter criado a faixa 4, mas, ao mesmo tempo, esse cliente fica muito desenquadrado porque quem ganha até R$ 12 mil não consegue pagar um apartamento de R$ 500 mil. A pessoa fica com um pro soluto (valor que falta para quitar a unidade) grande, pois, no caso do imóvel na planta, é preciso pagar 30% até a entrega das chaves. Então, como esse perfil de cliente não tem, ele acaba pagando a mensal e mais o pro soluto. É uma conta difícil de fechar para o Minha Casa, Minha Vida. Foi bom ter aumentado, mas o interessado tem que ter fundo de garantia. Se ele não tiver FGTS, com uma renda de R$ 12 mil, fica muito apertado. É preciso ter uma poupança grande para comprar ou FGTS para abater. O lado bom é a taxa de juros que será de 10,5%, percentual baixo hoje quando consideramos os juros que estão sendo praticados no mercado".