Se você sempre quis perguntar de que tipo de salgadinho o Salgadinho gosta, o ex-cantor do Katinguelê prefere todos: kibe, coxinha, risole... "Tem vários, dos de pacote até os outros", brinca ele, que não descuida da alimentação e volta e meia faz dieta. E ano que vem chega aos 50 anos. "Nunca fui de cometer excessos", conta o sambista, grande nome do pagode dos anos 1990, que retorna com 'Sol e Sal', música nova, gravada ao lado de Ferrugem.
O cantor andou um pouco mais sumido, mas nunca deixou de abraçar a música — e não, ele não trabalhou como corretor de imóveis, como andaram afirmando por aí.
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"Nem sei de onde surgiu isso", brinca Paulo Alexandre Nogueira Salgado Martins, que concilia a agenda de seu projeto Amigos do Pagode 90 (com vários popstars da época) com sua carreira solo, e conversando com sambistas mais novos, ouve deles o quanto seu trabalho influenciou as novas gerações do estilo.
"Eles falam como verdadeiros fãs, e sempre me contam de shows que fiz com o Katinguelê quando eles ainda não eram famosos", orgulha-se Salgadinho, que conheceu Ferrugem justamente num show da turnê Amigos do Pagode 90. "Ferrugem vai marcar época. E no fim do clipe, ele fala justamente sobre o fato de ter meu trabalho presente na vida dele".
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Lua vai...
Salgadinho pertence àquele grupo de artistas cujo maior hit acabou tendo seu nome modificado por causa da grande fama de um dos versos. No caso de 'Recado À Minha Amada', as pessoas acabam mesmo é gritando nos shows para ele cantar "lua vai" (primeira frase da canção). Por sinal, é uma situação que Salgadinho já havia visto várias vezes quando cantava na noite.
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"Sempre que eu ia apresentar a música mais famosa de alguém, ela acabava vindo com apelido!", brinca Salgadinho. "E isso inevitavelmente acabou acontecendo com um dos meus grandes sucessos. É muito irônico. Os fãs pedem sempre essa música e pelo jeito sempre vão pedir".
O clipe
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'Sol e Sal' tem participação dos atores Dudu Pelizzari e Aline Bernardes, e mostra o dia a dia de um casalem que a mulher trabalha como executiva e o homem cuida da casa. Uma música e um clipe totalmente influenciados pelas novas visões dos papéis homem-mulher.
"A liberdade e diversidade nas opções de viver mudaram o mundo. E para mim, foi muito bom sair da zona de conforto para fazer música", afirma o artista, que tem três filhos e não vê a hora de virar avô. "Ainda não rolou, mas estamos esperando por essa novidade", diz.
