Augusto Licks de volta com show no Rio
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Augusto Licks de volta com show no Rio Divulgação
Por RICARDO SCHOTT
Lembra do Augusto Licks? O guitarrista da fase áurea da banda Engenheiros do Hawaii (também músico em discos históricos do gaúcho Nei Lisboa) está de volta. O músico volta ao circuito de shows com 'Licks Blues', recital em que divide espaço com o irmão José Rogério Licks, também guitarrista. Os dois irmãos sobem nesta terça às 19h ao palco do Conservatório Brasileiro de Música, no Centro do Rio, para mostrar seu som.
Augusto aprendeu a tocar guitarra e violão com o irmão, com quem só foi se apresentar em dupla pela primeira vez em 2017, no retorno do ex-engenheiro (que andava sumido dos grandes shows) no Teatro São Pedro, em Porto Alegre. O recital teve sucesso e em 2018 a dupla se reuniu para mais quatro apresentações no Sul. A ideia agora é levar a turnê a outros lugares. Na apresentação, além dos violões, José Rogério ainda apresenta um instrumento que criou, o morgumel. O irmão de Augusto mora na Alemanha há mais de 40 anos.
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"Viemos ao Rio matar saudades do público carioca, onde não nos apresentávamos há mais de duas décadas. Começamos a história despretensiosamente em Porto Alegre e agora a coisa ganhou dimensões nacionais. Fizemos uma pequena turnê durante o tempo de permanência dele no Brasil e ano que vem ele vai ter que ficar um pouco mais, porque tem mais cidades", diz Augusto, em papo com O DIA.
A ideia do show é mostrar lados diferentes do violão. Rogério chega com influências da bossa nova e das músicas que ouve ao redor do mundo. Augusto tem influências mais recentes. "Ele toca violão clássico de cordas de náilon e eu me afeiçoei ao violão de cordas de metal", diz o músico.
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Repertório
O repertório do show tem duas músicas dos Engenheiros, os hits 'Parabólica' e 'Pra Ser Sincero' - que aparecem em versões instrumentais, em meio a várias composições de Augusto ou de José Rogério, ou feitas em dupla. Entre elas, 'Cruzando a Cordilheira', 'Balada do Morgumel', 'Caixinha de Fósforo' e 'Maré Alta'. José Rogério pôs música também em um poema de Mario Quintana, 'Canção de Junto do Berço'. Temas como 'Maestoso' (Guillaume, Pierre, Antoine Gatayes) e 'Greensleeves' (tradicional) estão também na lista.
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"Tentamos fazer algo diferente do que acontece em recitar eruditos. A ideia é evitar qualquer tipo de academicismo. Fizemos uma pesquisa bem extensa sobre músicas raras e estudou os contextos dessas músicas. Procuramos organizar isso de maneira leve, que não seja pesada, enfadonha. A gente conversa muito no recital, que é uma influência dos shows de blues norte-americanos, em que duplas conversavam durante os shows. A gente toca alguns blues, mas tocamos barroco, temas anônimos, composições próprias", conta Augusto, que recentemente teve sua história contada em 'Contrapontos – Uma Biografia de Augusto Licks', escrita por Fabricio Mazocco e Silvia Remaso.
Conservatório Brasileiro de Música. Avenida Graça Aranha 57/12º andar, Centro (3478-7600). Terça, às 19h. R$ 25 a R$ 35.