Sílvia Pfeifer, a Mariinha: pouca maquiagem e figurino modesto - Blad Meneghel/Record TV
Sílvia Pfeifer, a Mariinha: pouca maquiagem e figurino modestoBlad Meneghel/Record TV
Por Gabriel Sobreira

Rio - "Está sendo uma satisfação enorme fugir daquela figura tão chique e sofisticada que eu sempre tive nas novelas", comemora Sílvia Pfeifer que, aos 61 anos, vive uma mulher simples, batalhadora e sofrida em 'Topíssima', novela da Record TV. "Embora algumas poucas não fossem tão sofisticadas assim, como em 'Perigosas Peruas' (1992, na Globo)", completa.

Para interpretar Mariinha, Sílvia abriu mão da vaidade mesmo. Até porque, segundo a atriz, a história pede que a personagem aparente estar sempre cansada, esgotada e malcuidada. Afinal, na opinião da intérprete, não fica crível gravar cenas sofrendo, virando a noite cuidando de alguém e no dia seguinte estar com a cara ótima. "Eu só uso correções, só tiro um pouco as olheiras, praticamente não uso rímel. Uso um blush que nem dá para ver, só para não ficar com o rosto todo pálido. Acho que o grande barato é aparentar uma outra coisa, e não você o tempo inteiro", defende.

Esta é a segunda novela da atriz na Record TV. Em 2009, ela esteve em 'Bela, A Feia'. Depois, fez vários trabalhos na Globo, o último foi 'Totalmente Demais' (2015) e, no início de 2016, ela gravou uma novela ('Ouro Verde') em Portugal. "Ganhamos o Emmy de melhor novela estrangeira no ano passado. A trama terminou em novembro de 2017, então ela entrou no rol dos concorrentes. Foi uma novela realmente maravilhosa e um personagem muito forte e sofrido. Trabalhei com a Zezé Motta lá também", record Sílvia, cheia de orgulho.

A volta ao Brasil foi em 2017, quando fez teatro. Mas em dezembro do ano passado, a Record avisou que provavelmente chamaria a atriz para uma novela. "E me chamaram mesmo. Em janeiro, assinei o contrato", vibra.

Quando questionada sobre as diferenças entre a teledramaturgia brasileira e a portuguesa, Sílvia é categórica. "É igual porque não tem muito como fugir da receita do bolo. Toda receita do bolo tem uma linha base. Trabalhar com atores que vêm de uma escola completamente diferente da sua e que têm uma história de televisão completamente diferente da sua, eu achei, pelo menos, não só um desafio, mas agregador", explica.

 

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