Zeca (Eduardo Sterblitch)   - Globo/Raquel Cunha
Zeca (Eduardo Sterblitch) Globo/Raquel Cunha
Por Gabriel Sobreira

Rio - É com provocação e concentração que Eduardo Sterblitch se prepara para estrear em novelas como o caipira romântico Zeca na quinta adaptação de 'Éramos Seis' — no ar a partir de segunda-feira, às 18h30, na Globo. "Primeira e talvez a última (novela). Se eu for muito ruim, se mandar muito mal, me matam logo (risos), o Zeca morre com um AVC ou alguma coisa acontece. Mas estou torcendo para que o público curta bastante", brinca ator.

Sterblitch conta que já tinha pensado em fazer novelas, mas não achava que fosse acontecer. Na verdade, desde pequeno, segundo o próprio, ele sempre foi muito chato com TV. "Sempre odiei. Era aquele ator que queria fazer teatro para sempre, que ia morrer pobre. Mesmo fazendo TV, se morre pobre. Nunca imaginei que ia me entregar ao mercado televisivo", afirma.

'Pânico'

Os caminhos do carioca de 32 anos se cruzaram com o do extinto 'Pânico na TV' (2008-2012), na RedeTV!, e 'Pânico na Band' (2012-2015). "O Pânico me ensinou a fazer TV e me ensinou a fazer humor. Eu não sabia que sabia fazer TV e nem que era engraçado. Aprendi a ser engraçado e aprendi a fazer TV de uma forma mais profunda mesmo", reforça ele, que está curtindo fazer TV e aprendendo.

O ator revela ainda que a oportunidade de fazer 'Éramos Seis' veio através de convite. Isso porque, de acordo com Sterblitch, ele é péssimo em teste. "Qualquer um que eu fizer não vou passar. Quando percebo que estou sendo testado, não consigo funcionar. O que é difícil para mim, porque acabo não pegando um monte de papel interessante porque nem faço teste. Leitura também sou péssimo. Sempre fico pensando em entregar o melhor de mim, fico ansioso, e ela (a ansiedade) me atrapalha nos momentos iniciais do meu trabalho", revela.

Osmar Prado

Para viver Zeca, que é um farmacêutico, Eduardo foi direto 'beber' na fonte. "Assisti praticamente toda a novela na internet. Mas em parte porque achei que poderia me atrapalhar em alguns momentos", confessa ele. Fã assumido de Osmar Prado (intérprete de Zeca na versão de 1994, no SBT), Sterblitch via as cenas do ídolo e achava que não conseguiria repetir o mesmo desempenho.

"Fui na casa do Osmar algumas vezes. Ele me ajudou bastante, por conta própria. Ajudou a acalmar a minha ansiedade e falou que é normal, que isso (ansiedade) vai sempre acontecer", frisa, com orgulho.

Na trama, o caipira é apaixonado por Olga (Maria Eduarda de Carvalho), conterrânea dele em Itapetininga. A intenção do rapaz é pedir a mão da moça em casamento. Mas ela é espevitada e não se cansa de dizer que não se casaria com um caipira — mesmo sendo apaixonada por ele.

"Também sou romântico e apaixonado. Ele (Zeca) é mais do que eu. Desisto mais rápido. Ele ama muito a Olga e faz de tudo para ficar com ela, ele não tem família, ela é tudo para ele. A graça é meio que essa. Eles são como um casal adolescente. Você acompanha a história deles, eles se apaixonando, ficando juntos, casando, tendo um monte de filhos... Só não sei o que vai acontecer com eles, se vai ser o mesmo destino da novela anterior", despista Sterblitch.

 

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