
Rio - Em 'Salve-se Quem Puder', próxima novela das 19h, que estreia em janeiro de 2020 na Globo, três mulheres estão prestes a realizar seus sonhos. Mas um golpe do destino faz com que tudo na vida delas vire de pernas para o ar. É que elas testemunham um importante juiz ser assassinado em Cancún, no México.
"Aquele sonho que você nutre desde criança é um sonho? Uma obsessão? É o que vai realmente te fazer feliz?", questiona Daniel Ortiz, autor do folhetim, dando o mote da trama.
Na história, Alexia/Josimara (Deborah Secco) é uma atriz de musical, que viaja a Cancún para protagonizar sua primeira novela da Globo. Kyra/Cleyde (Vitória Strada) é uma mulher rica, decoradora, que vai à cidade mexicana planejar o casamento. Luna/Fiona (Juliana Paiva) conseguiu uma promoção no hotel onde trabalha, em Cancún, e descobriu o paradeiro da mãe dela, que a abandonou quando tinha 4 anos.
Novo nome e visual
Mas como são testemunhas de um crime, as três correm risco. Para a segurança de suas famílias, elas entram em um programa de proteção à testemunha e são obrigadas a abandonar o passado. É aí que um furacão passa pela vida delas. Literalmente! As amigas são dadas como mortas após a tempestade, assumem novas identidades, voltam ao Brasil e iniciam uma jornada de autoconhecimento misturada com aventura e boas pitadas de comédia.
"Vai ter uma mudança no visual delas. Principalmente no da Vitória (Strada) e da Deborah (Secco). Olhem para elas. Guardem bem essa imagem. Vai ser a última vez (que vão vê-las assim)", provoca o autor, aos risos, sem dar mais detalhes.
Ortiz morou um tempo no México e se perguntava como faria uma novela com furacão. Ele fez a sinopse, que foi aceita pela emissora. "E o Fred (Mayrink, diretor artístico da novela) teve que se virar", brinca o autor, que enfrentou o furacão Wilma, em 2005, quando vivia no país da América do Norte.
Efeitos
A "bola" foi passada para o diretor, que contou com o aporte da Globo para tornar possível o sonho de Ortiz. "A gente tem um investimento muito grande em computação gráfica, em efeitos especiais. Nesse primeiro bloco, isso está bem impresso ali", conta Mayrink, detalhando que o investimento veio em tempo, dinheiro e profissionais envolvidos.
"Além da computação, a gente gravou em um parque aquático aqui no Rio com uma piscina de ondas toda cercada por chroma key (fundo verde para reprodução de cenários aleatórios inseridos por computação gráfica)", explica o diretor.
Perrengues
Para o trio de protagonistas, não foram poucos os perrengues enfrentados nos bastidores para dar o tom de caos gerado pelo fenômeno natural. A gravação noturna dentro d'água foi um deles. "Já no capítulo dois começa a chover quando o furacão está se aproximando. As atrizes iam gravar durante um mês debaixo de água. O risco de uma delas pegar pneumonia e atrasar a produção era grande", destaca Ortiz, aliviado porque tudo correu sem imprevistos.
"Tivemos momentos muito difíceis. Mas eu confesso que no primeiro dia que fui lá na piscina, gravar o furacão, voltei para casa chorando de emoção. Falei: 'Estou realizando meu maior sonho de criança, estou me sentindo em Hollywood'", diz Deborah Secco.