Chorão  - Divulgação
Chorão Divulgação
Por RICARDO SCHOTT
Rio - Morto em março de 2013, Chorão ainda é uma lenda para muitos fãs. A banda que criou, Charlie Brown Jr, ainda permanece como uma das mais escutadas das plataformas digitais., Recentemente, um verso de 'Só os Loucos Sabem' ("um homem quando está em paz/não quer guerra com ninguém") virou meme nas redes sociais. A história de um dos artistas mais polêmicos e instáveis da música pop nacional chega agora ao cinema. 'Chorão: Marginal Alado', dirigido por Felipe Novaes, passou recentemente pelo festival de cultura pop CCXP e chega ao Festival do Rio, com exibições na quarta (Estação Net Gávea, às 18h), quinta (Estação Net Rio, sala 3, às 15h15) e na sexta (Instituto Moreira Salles, às 18h).
Controverso a ponto de ser definido como uma pessoa agressiva e como um excelente amigo, simultaneamente, Chorão tem sua trajetória musical destrinchada em 70 minutos. "A história dele dá para para vários filmes. Tivemos que fazer muitas escolhas, tomar decisões. Nem tínhamos a pretensão de resumir toda a história dele", conta Novaes, que é de Santos (SP) cidade na qual Chorão morou, e viu bastante o grupo ao vivo. "A morte do Chorão estava muito marcada por extremos, ou ele era santo ou demônio. A ideia do filme é falar de um artista marcante usando um olhar mais aprofundado".
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A história do cantor é relembrada com participações de João Gordo (Ratos de Porão), Marcelo Nova (Camisa de Vênus), Digão (Raimundos) e Zeca Baleiro, entre outros. Alexandre, filho do cantor, e Graziela, viúva, também deram depoimento. Champignon, baixista do grupo, que se suicidou em setembro de 2013, deu um depoimento pouco tempo antes de morrer. "Foi apenas uma entrevista, que quase não aconteceu. Mas Champignon estava bem preparado, nos atendeu bem, foi super sincero", recorda Felipe. "O Champignon era baixista da banda desde os 12 anos, o Chorão foi uma referência forte na vida dele. Acredito que uma parte dele morreu junto com o Chorão".