"Eu sempre trabalhei com jovens de comunidade carentes, em ONGs e atualmente trabalho na Cufa. Por uma fatalidade, há três anos, eu perdi o meu ateliê pessoal. Aí, eu passei a focar nas aulas de corte, costura e figurino. Com a ajuda de um amigo angolano, nós montamos uma marca de roupas há dois anos e meio chamada Nkenge e começamos a trabalhar com esses jovens, dando pra eles a oportunidade de entrar no mercado de trabalho. Cada um tem sua função definida: fotógrafo, maquiador, cabeleireiro, estilistas, desenhistas, tudo relacionado à moda".
Através desse trabalho, sete jovens oriundos de comunidades como Serrinha, Vidigal e Cesarão puderam realizar o sonho de trabalhar com moda e ainda ajudaram Lu a recomeçar a sua história. "Todos se ajudaram. Eles se profissionalizaram e eu consegui superar a perda da produção de 20 anos de trabalho através da parceria com esses meninos. Por isso que eu digo que na loja que estamos inaugurando, não vamos vender só roupa, vai ser um local de realização de sonhos", avisa.
Lu ainda entrega seus próximos passos: "Já estou em reunião para abrir a próxima loja, essa lá em Angola".