Bruno Cardoso é vocalista do Sorriso Maroto Arthur Rodrigues / Divulgação
Dia do Pagode! Artistas celebram a data e falam sobre a importância do ritmo
São Paulo é o estado que mais consome o gênero, seguido pelo Rio de Janeiro
Rio - Com ele dá pra dançar coladinho, sozinho, dá pra sorrir, celebrar a amizade e até sofrer por amor. O pagode desperta vários sentimentos, sensações e está presente em quase todas as festas. O ritmo faz tanto sucesso entre os brasileiros que ganhou um dia para chamar de seu: o Dia do Pagode é comemorado nesta quinta-feira.
"A importância de celebrar e acima de tudo divulgar o dia do pagode é fazer com que este dia tenha a mesma importância que outras datas como Dia das Mães, Dia dos Pais e Dia das Crianças. O pagode é o gênero musical que mais tem a cara do brasileiro. Nós adoramos estar entre amigos e nada melhor que um pagodinho pra embalar esses momentos", acredita o cantor Suel.
Dodô, vocalista do Pixote, brinca: "Quem não ama um pagodinho, um sacolejo, uma batida de tantan e tamborim? Pagode é vida, é alegria, é energia, temos que celebrar todo dia o nosso pagode, vaaaaaai".
Vocalista do Sorriso Maroto, Bruno Cardoso diz que o gênero mudou sua vida. "Me fez e faz uma pessoa melhor. Cantando eu venci a timidez, venci o medo de encarar os desafios. Me sinto forte cantando pagode", afirma o cantor. Tiola, do Pixote, também fala sobre as transformações que o gênero proporcionou em sua vida. "(O pagode) Mudou e continua mudando. A cada apresentação, cada show, cada entrevista e encontro com os fãs do Pixote, são renovações na nossa vida. São 30 anos de carreira, mas todos os dias algo na gente muda, espero que sempre pra melhor".
É quase uma missão impossível não se identificar com a letra de alguma canção do ritmo. "Eu sinto que as letras são de representatividade, a maioria das canções trazem um momento que você já viveu ou provavelmente vai viver, seja ela em forma de amor, em forma de protesto, em forma de agradecimento. Eu costumo dizer que é o ritmo que mais fala a língua do nosso povo", acredita Pedrinho, integrante do grupo Di Propósito.
Thiago, do Pixote, revela o que sente quando ouve um pagodinho. "Gratidão por fazer parte da história dele há 30 anos. Alegria de poder levar alegria aos fãs do Pixote e do pagode, muita energia, está no nosso sangue".
Apesar da origem carioca, o pagode tem São Paulo como o estado que mais escuta músicas do gênero, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, de acordo com o Spotify. Atualmente, são mais de 3,6 milhões de playlists dedicadas ao estilo na plataforma - só no último mês, foram mais de 61 mil novas playlists criadas por usuários, 28% a mais quando comparado com o mesmo período no ano passado.
Com 30 anos anos de carreira, Belo comenta as mudanças do ritmo com o passar dos anos. "Mudou que como em tudo ganhamos novos expoentes tão bons e talentosos quanto os da minha época, né, os anos 90. Mas o pagode continua sendo tão grande quanto e o gênero está voltando a ficar em evidência no mercado, agora com o domínio do streaming", afirma.
Bruno Cardoso concorda. "A música como um todo se modernizou. A chegada da internet nos possibilitou ter acesso a como o mundo reage à música. E também a como nós somos capazes de nos permitir influenciar com o que vemos e ouvimos. Com isso a música se moderniza sem perder a sua essência".