Paulo VieiraReprodução Internet

Rio - O humorista Paulo Vieira usou o Twitter para rebater as críticas de um internauta, que cobrou dele um posicionamento sobre as declarações de Fábio Porchat a respeito da decisão da Justiça de impedir que o comediante Leo Lins continue fazendo piadas que ofendam minorias. Porchat acredita que a sentença do TJ-SP é "uma vergonha". 
Tudo começou quando Paulo postou uma receita de "Mané Pelado". Alguns internautas questionaram a postagem. "Tu tá parecendo jornal na ditadura que postava receita de bolo quando não podia expressar opinião", disse uma pessoa. Outro internauta pediu que Paulo fosse mais direto e que ele falasse se concorda ou não com Fábio Porchat. Foi então que o humorista se irritou. 
"Filho, olha meu trabalho e as coisas que eu digo e faço, se isso não for o suficiente. Eu não sou um pet para vocês treinarem dizer 'fala' e eu falar, não. Me dá minha liberdade. Até quando não sou eu que erro sobra para mim? Vai tomar no c*", rebateu.
Internação do pai
Em outra postagem, Paulo falou sobre o estado de saúde de seu pai, que está internado. E também aproveitou para falar mais uma vez sobre a polêmica envolvendo Fábio Porchat. "Meu pai acabou de sair de mais uma cirurgia agora. Deu tudo certo. Estão previstas mais algumas para os próximos dias… Está sendo fod* e estou segurando tudo, como se diz, nos dentes. Talvez no calor da emoção vou falar umas coisas aqui e como é de costume devo apagar porque minha vida nas redes é apanhar até não poder mais, fazer pose de forte, apanhar mais e vez ou outra soltar um 'ai' que serve de motivo pra mais porrada", iniciou. 
"Entrei no Twitter e meu nome estava nos tts. Motivo: um amigo estava sendo cobrado e acharam que eu deveria ser arrastado para esta cobrança. Acho MUITO difícil que se fosse ao contrário isso também acontecesse. Mas é interessante ver como a maioria dos comentários sugerem que meu caráter, meu trabalho, minha ideologia, meu valor estão sob prova alí, naquele momento é tudo ou nada. Ou ele atende as expectativas, ou é exatamente o que eu achava pois esse daí nunca me enganou", continuou. 
"Vou dizer como eu me sinto quando essas coisas acontecem, quando me convocam para atestar que eu não sou o que acham: parece que eu nunca vou estar seguro. Vocês não sabem como é horrorosa essa sensação de conquistar, conquistar e não ter nada, pois nada está no seu nome. Entende? Você pode ter uma terra mas se a sociedade não te confere um título dizendo que ela é sua, tu nunca vai ter segurança. Eu posso estar na mídia, mas o pertencimento é outra coisa", disse.