Eduardo Sterblitch vive o icônico Beetlejuice no musical em cartaz no RioDivulgação/Leo Aversa

Rio - Eduardo Sterblitch está em cartaz com o espetáculo "Beetlejuice, o musical", sucesso da Broadway inspirado no filme clássico "Os Fantasmas se Divertem" (1988). Somando comédia e terror, a obra entrega diversão para toda a família com a história de um fantasma irreverente e uma seleção de músicas para embalar a época de Halloween com muita brasilidade. Com direção de Tadeu Aguiar e produção geral de Renata Borges, a temporada da peça vai até 10 de dezembro, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca.
Interpretando o "Besouro-suco", Sterblitch revela que a oportunidade de estrelar a produção foi um presente que recebeu. "Eu sempre fui apaixonado pelo filme e logo me interessei por fazer o espetáculo, quando soube do musical da Broadway. Cheguei a cogitar comprar a peça, mas não tinha condições financeiras, mas pedi tanto ao universo que chegou o convite do Tadeu Aguiar e eu aceitei imediatamente", conta o ator de 36 anos.
"A história é fascinante, tem humor, é dinâmico, divertido. E é uma super produção, acho que todo mundo ficará encantado", avisa Eduardo, que assume o personagem vivido por Michael Keaton na versão cinematográfica dirigida por Tim Burton.
Com 11 cenários com detalhes impressionantes, mais de 150 figurinos e uma série de efeitos especiais, o musical conta a história de Barbara e Adam Maitland, vividos por Helga Nemetik e Marcelo Laham, que morrem em casa e se tornam fantasmas presos na residência, no limbo entre a vida e a morte. Em seguida, uma nova família compra o imóvel, mas os antigos donos não estão dispostos a abrir mão do lar e logo convocam o experiente Beetlejuice para assombrar Lydia Deetz (Ana Luiza Ferreira), seu pai, Charles (Joaquim Lopes), e a terapeuta Delia (Flávia Santana).
Depois de ser aclamado pela atuação na série "Os Outros", do Globoplay, o protagonista volta a surpreender o público ao soltar a voz no espetáculo, mas avisa que a interpretação vista em cima dos palcos é resultado de uma longa experiência. "Eu faço teatro desde os 3 anos, sou palhaço, já fiz Tablado (prestigiada escola de teatro no Rio), passei pelo 'Pânico'. A composição de Beetlejuice é uma soma dessas experiências. Meu objetivo é misturar todos os personagens que existem dentro de mim. O Beetlejuice é a mistura de todos eles, todas as vozes, timbres, energias, ritmos, dinâmicas que carrego comigo", explica ele.
"Sempre que fazemos algo novo, é natural o nervosismo. Eu fico muito ansioso, fico a noite inteira repassando as canções", acrescenta o comediante, que ainda trabalhou na versão brasileira da canção "Say My Name", traduzida para "Diz Meu Nome". "Eu sou um criador, fui dando ideias, trocando com o diretor e surgiu a oportunidade de fazer essa versão. É um desafio, mas é uma delícia", celebra.
O diretor da peça, Tadeu Aguiar, destaca que "Beetlejuice, o musical" não deve em nada ao espetáculo que estreou em Nova York, nos Estados Unidos, em abril de 2019, 30 anos depois do lançamento do filme. "O show em português fala melhor do que em inglês, porque nós temos essa irreverência, essa alegria, essa comicidade, esse histrionismo quase que é humano aqui em Brasil. Se não tivesse sido escrita em inglês, poderia dizer que é uma peça totalmente brasileira. E deixar bem claro que é uma produção original brasileira, não é uma cópia da Broadway", garante.
"A história toda que o Tim Burton colocou nas telas, ela está no espetáculo, mas só que agora ela é cantada. Com letras muito bem escritas, muito bem versionadas, o espetáculo realmente vai ganhar muitos fãs no Brasil", comenta Tadeu, além de entregar algumas maneiras em que foi dado um "toque brasileiro" na comédia. "Nos Estados Unidos falam do Frank Sinatra, da Madonna, aqui virou o Roberto Carlos, a Anitta. Isso faz uma conexão imediata do espetáculo com o espectador. A gente ganha muito, é uma maneira inteligente de aproveitar e descobrir essa conectividade do texto com o espectador", avalia o diretor.
Serviço: 'Beetlejuice, o musical' 
Em cartaz até 10 de dezembro.
Horários: Quintas e sextas, às 20h30. Sábados e domingos, às 16h e 20h30.
Endereço: Cidade das Artes (Av. das Américas 5300, Barra da Tijuca)
Ingressos a partir de R$ 100 (meia-entrada), disponíveis no site Sympla.
Classificação: 10 anos.