Vocalista do Raça Negra, Luiz Carlos celebra os 40 anos do grupoDivulgação

Rio - Com quatro décadas de carreira, o Raça Negra atravessa gerações e fronteiras. A canção "Cheia de Manias", que ultrapassa a marca de 100 milhões de plays no Spotify, por exemplo, conquistou até o embaixador da Coreia do Sul no Brasil, Lim Ki-mo. Um vídeo do diplomata cantando e dançando o hit viralizou nas redes sociais recentemente. O vocalista Luiz Carlos fala sobre o encontro com Lim, a nova fase da carreira, revela se pretende se aposentar dos palcos e ainda cita alguns novos talentos do pagode. Confira a entrevista! 
- Como é celebrar 40 anos de carreira? Quais sentimentos tomam conta de vocês neste momento?
É uma honra muito grande ter 40 anos nessa estrada. É emocionante para mim relembrar tudo o que  passamos juntos, as histórias que vivemos juntos… conhecemos tanta gente, ao longo desses anos, com quem tivemos oportunidade de cantar e para quem tivemos oportunidade de cantar também.
- O repertório de vocês é muito romântico. Vocês são românticos em suas vidas pessoais?
A gente tenta manter o romantismo vivo. Fala se não é uma coisa boa, gostosa de se viver?
- Qual foi a sua reação ao ver o embaixador da Coreia do Sul no Brasil, Lim Ki-mo, cantando "Cheia de Manias"? O que achou da performance dele?
É muito prazeroso ver a nossa música ir tão longe. Eu vi o vídeo dele cantando pela primeira vez e achei incrível. "Cheia de Manias" é um hino né, um hit como falam hoje em dia… e uma cultura tão diferente da nossa consumir essa canção é ainda mais especial. Ele mandou super bem, tanto no vídeo quanto no evento que estivemos juntos. 

- Muitos memes sobre isso foram criados nas redes sociais, você acompanhou?
Acompanhei sim, foi bem engraçado. Eu adoro ver essas brincadeiras que fazem com as nossas músicas… muito divertido. 

- No fim do mês passado, você encontrou o Lim. Como foi?
Foi ótimo, tive a oportunidade de conhecer o embaixador, um homem muito simpático! Nós cantamos juntos. Acho que ficou bacana esse feat, se é que dá pra chamar assim. Eles tinham convidado o Raça Negra pra cantar lá na Coreia… Quem sabe?
- Vocês acompanham a nova geração do samba e do pagode? Quais artistas têm chamado a atenção de vocês?
Claro! Sempre acompanhamos a música, as novidades do mercado e admiramos muito a evolução que isso tem tido. O samba, o pagode, a música brasileira, né? O grupo Menos É Mais estará conosco no navio, toparam esse convite nosso. Temos parceria com Turma do Pagode, Thiaguinho, Tiee. 
- Vocês já conquistaram muitas coisas ao longo desses 40 anos. Existe algum sonho profissional que você ainda deseja realizar? 
Ah, sempre tem alguma coisa que a gente quer realizar, né? O navio "Cheio de Manias" — que iniciou na última quinta-feira e termina neste domingo —, acho que é um deles.
- Você faz planos de se aposentar?
Cantar é tão gostoso que seria bom cantar por mais uns 40 anos (risos). 
- Vocês já gravaram com grandes artistas. Qual deles foi o mais marcante? Existe algum cantor que vocês ainda sonham em fazer uma parceria?
Não tem como escolher só um, cada música foi marcante para o Raça Negra, mas gosto bastante quando misturamos com os outros ritmos. Tem vários bons artistas com quem ainda não tocamos, pode ser que surja alguma coisa bacana mais para frente.