Pyong Lee usou técnica para aliviar dor de cabeça de colega de confinamento - Reprodução TV
Pyong Lee usou técnica para aliviar dor de cabeça de colega de confinamentoReprodução TV
Por O Dia
Rio - Na quinta-feira (23), Hadson, um dos participantes do "BBB 20", perguntou para o hipnoterapeuta Pyong Lee, se ele poderia introduzir alguma técnica de hipnose para aliviar sua dor de cabeça, Lee explicou que aplicaria um método rápido e pediu que Hadson fechasse os olhos para trabalhar o sintoma de dor.

Durante o processo para relaxamento e solução do problema, Pyong mantém um diálogo de indução e pergunta onde exatamente ele sente essa dor. "De zero a dez, qual é o nível do seu incômodo?". Hadson respondeu: "Dez". Lee explica sobre como medir a dor e continua: "Materializa a dor, que formato ela tem?". Hadson explica que sente como um martelo. E o hipnoterapeuta segue com perguntas para entender a percepção da dor do outro brother.

Ao final da hipnose, Lee pede para que o colega de confinamento transforme o material da dor, dando sequência à técnica, Pyong diz: "Quando eu tocar no seu ombro, você vai explodir essa bolha, ela vai desaparecer e vai embora". O brother pede para que Hadson abra os olhos e pergunta como ele está se sentindo. O brother se surpreende ao se sentir melhor.

A psicóloga e hipnóloga Miriam Pontes de Farias explica que quando a pessoa tiver algum sofrimento emocional, ás técnicas de hipnose devem ser aplicadas em consultório por psicólogos com habilitação ou especialização na área. A hipnose introduzida na medicina é capaz de tratar e curar diversas enfermidades, sejam elas, físicas ou mentais.

"Muitas pessoas confundem a hipnose de palco, àquela que foi usada por anos nos programas de televisão por mágicos e ilusionistas. Nós, especialistas, promovemos um trabalho muito extenso de prática clínica, pesquisas e cura através da hipnose clinica. Médicos, psicólogos, dentistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e enfermeiros, tem liberação dos conselhos de suas áreas para atuar com essa técnica milenar", esclarece Miriam.

Ainda de acordo com Miriam, a terapia com hipnose é focal e tem até 90% mais eficácia que as terapias convencionais, na solução de quadros complexos. "A hipnose é uma técnica milenar, surgida no antigo Egito, que aparece hoje como “novidade” para uma grande parcela dos indivíduos. E, embora, não atenda a todos os quadros clínicos, tem ampla aplicabilidade e eficácia, nos casos que se propõe a tratar. Também foi regulamentada pelos Conselhos Federais de Medicina, Odontologia, Psicologia e Fisioterapia, como prática integrativa de saúde. É importante que a pessoa que procura o tratamento com hipnose, supere os mitos que estão acerca da prática da hipnose, para isso, ela precisa repensar os seus conceitos e crenças", afirma a psicóloga, que também é professora, pós-graduada em hipnose clínica e acupuntura, palestrante e conferencista internacional.

Segundo ela, muitas vezes, as pessoas não procuram o tratamento com hipnose por causa dos medos que têm em relação a essa prática. A desinformação pode acabar afastando as pessoas de buscar essa verdadeira terapia do bem-estar, afirma Miriam.

Há muitos mitos envolvendo a hipnose, segundo Miriam: "Há casos em que pacientes acreditam que, durante o transe, irão entrar em um estado de sono profundo, e quando acordarem o seu sofrimento terá desaparecido. Ou que a hipnose é um tratamento mágico e, que em apenas uma sessão levará à cura definitiva e a pessoa irá se livrar do sintoma para sempre e ficará curada. Há quem associe hipnose a questões religiosas, acreditando que a hipnose tem relação com práticas místicas. A hipnose é uma prática neuropsicofisiológica, e não tem nenhuma relação com espiritualidade", pondera a especialista.

Miriam também aponta que o tratamento com hipnose é um processo psicoterapêutico. "Para começar o tratamento com hipnose, é necessário conhecer bastante sobre o paciente, o que se faz na primeira sessão é um teste de suscetibilidade, para saber se o paciente responde bem à hipnose. No estado hipnótico o paciente não perde a consciência nem dorme, fica o tempo inteiro atento a voz e as induções do hipnólogo", diz.
De acordo com Miriam, a hipnose é um estado intermediário entre sono e vigília, atuando em áreas do cérebro, principalmente no sistema límbico que é responsável pelas nossas emoções, regula o sistema parassimpático, que equilibra as funções do corpo e da mente: “É um estado onde a pessoa sente as sensações de bem-estar, equilíbrio, calma, relaxamento e tranquilidade, é uma técnica de atenção concentrada otimizando também o aprendizado", conclui.