Sérgio Lobato, coreógrafo da comissão de frenteRachel Siston/Agência O Dia

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Rachel Siston
Rio - Componentes e os coreógrafos da comissão de frente da Unidos de Padre Miguel tiraram um momento em meio a euforia e emoção para pedir proteção para o desfile deste domingo (2). A escola da Vila Vintém, na Zona Oeste, retornou à elite do Carnaval carioca após 52 anos, abrindo os desfiles do Grupo Especial.

Em uma roda, todos os membros da comissão - intitulada De Orí para Orí - fizeram orações como Pai Nosso e Ave Maria, e entoaram palavras de afirmação, desejando que a agremiação faça um desfile para consagrar seu retorno ao Grupo Especial e emocione o público.

Além da coreografia, a comissão virá acompanhada do tripé O Tabuleiro do Ifá sob a Coroa de Xangô e o Axé dos Orixás. Para Sérgio Lobato, que coreografou os bailarinos, além da responsabilidade com a escola, há ainda a ansiedade de superar as expectativas do público e dos torcedores.

"Meu coração está a mil. Além da responsabilidade, tem a torcida, também, com tudo que nos ajuda. Então, eu torço e trabalho e estamos preparados para fazer um show, um espetáculo com muita verdade, muita intensidade, em cima do enredo, tentando levar a beleza da história do candomblé, dos Orixás, com muita beleza e muita poesia", declarou Lobato.

Ainda segundo Sérgio, o Boi Vermelho se preparou para entregar um desfile que vai disputar uma vaga entre as seis melhores colocadas de 2025 e que retornam para o desfile das campeãs, no próximo sábado (8).

"Eu não tenho outro pensamento que não seja brigar lá em cima, lá embaixo nem penso. Vir para cá pensando só em lutar para não cair, é muito pouco. O trabalho que a escola vai apresentar de fantasias, alegorias, comissão de frente e os quesitos se preparam para lutar pelo título, para voltar no sábado das campeãs", disse.

Com o enredo "Egbé Iyá Nassô", o Boi Vermelho entrou na Avenida às 22h, com os membros cantando alto e empolgados ao contar a história de Iyá Nassô, fundadora do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, o mais antigo templo afro-brasileiro ainda em funcionamento, em Salvador, na Bahia.