Tijuca abriu o segundo dia de desfiles do EspecialPedro Teixeira / Agência O Dia

Rio - Primeira escola a se apresentar no segundo dia de desfiles do Grupo Especial, a Unidos da Tijuca trouxe para a Sapucaí um enredo de temática de matriz africana, que contou com um samba-enredo assinado por Anitta. A apresentação no geral foi morna. A bateria comandada pelo mestre Casagrande foi o ponto alto da escola do Borel. A comunidade da agremiação também honrou a sua fama e mostrou o canto forte de sempre. No entanto, a Tijuca escorregou no conjunto alegórico e também na evolução.
A Tijuca foi para a pista com o desejo de mostrar à comunidade a força de outrora. Dever cumprido e uma apresentação muito digna, marcada por excelente utilização de cores vibrantes nos setores ao longo do desfile. Destaque para o conjunto de fantasias, sem muito luxo, mas muito bem produzido. Em alegorias, alguns problemas em acabamento e iluminação ao longo do cortejo.
Com a assinatura de Edson Pereira, a Tijuca trouxe o enredo Logun Edé, o 'Orixá Menino'. A agremiação contou a história do filho de Oxum, a água doce, e Oxóssi, o caçador. Este orixá carrega a essência da juventude e a força das tradições, sendo celebrado como um símbolo de esperança e renovação.
O samba-enredo, que teve a cantora Anitta - que não desfilou como nome principal da assinatura, funcionou bem e foi cantado com maestria pelo expediente Ito Melodia. Na pista, no entanto, a escola poderia ter sido mais vibrante - ainda assim, levantou a Sapucaí.

Quanto à bateria do Mestre Casagrande, o impecável de sempre. Show na condução. Uma postura mais reta, segura e bem pesada com a Pura Cadência, o que ajudou no andamento do samba sem deixar a Avenida esfriar.

De um modo geral, a Unidos da Tijuca passou bem pelo público no Carnaval de 2025, mas novamente longe de disputa por título - o que não acontece desde 2014.