Bloco Afoxé Filhos de Gandhi levou centenas de foliões à orla da Praia de CopacabanaRenan Areias / Agência O Dia
"Nós estamos trazendo a mensagem 'Somos Malês'. A revolta de um povo que se originou na liberdade do povo africano no Brasil. Essa história é muito forte e condiz com a nossa realidade de hoje. Fazer essa referência, trazer ao carnaval e referenciar esse povo tão guerreiro é só orgulho", disse o presidente do bloco, Célio Oliveira, de 54 anos.
À frente do grupo há quase cinco anos, o líder comenta que, nesta edição, além da mensagem de resistência, a ideia é transmitir harmonia e paz aos foliões. "Que todos saiam daqui felizes, transbordando alegria", declarou.
Para evitar gastar muito, as amigas levam as próprias bebidas para a folia. "Comprar no bloco é muito caro, então a gente opta sempre por trazer. Compramos a bebida no mercado e o gelo aqui perto da praia. Em alguns casos, a economia é de 15 reais em uma lata de cerveja", explicou Camila.
Já Maria Célia, de 72 anos, moradora de Irajá, reforça que a alta temperatura do Rio nos últimos dias a fez mudar os planos, mas agora, quer correr atrás do prejuízo. "Esse ano eu ia desfilar na São Clemente, mas acabei desistindo por conta do calor, mas agora estou arrependida. Por isso estou tentando ir nos blocos afros", confessou.
Nas fileiras do bloco há 15 anos, Nelson Moura, 66, destaca que qualquer pessoa será bem recebida no Filhos de Gandhi. "Normalmente o povo abraça o nosso desfile. Nós também abraçamos todas as religiões, gênero e gente. Quem quiser, é bem-vindo."
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