Paraíso do Tuiuti contou a história da primeira travesti documentada do Brasil em desfile na SapucaíReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Destaque positivo, a comissão de frente trouxe a deputada federal Erika Hilton (Psol). Antes do desfile, ela realizou um inflamado discurso em defesa dos direitos transexuais e foi aplaudida no Sambódromo.
"Quem diria que, depois de 40 anos de Sapucaí, uma mulher grande, preta e trans seria o enredo do maior espetáculo do mundo. Se estou aqui é porque ela abriu essa porta para mim e para tantas outras estarem aqui. Então, salve Xica Manicongo! Viva Xica Manicongo! Viva as mulheres trans do Brasil, do mundo, que lutam por igualdade", disse a parlamentar.
Além de Érika, o desfile contou com a presença de personalidades trans e travestis da sociedade brasileiras de diversas áreas. Na última alegoria, 'Traviarcado', desfilaram a deputada estadual do Rio Dani Balbi (PC do B), a deputada federal Duda Salabert (PDT) e a cantora, atriz e apresentadora Linn da Quebrada, entre outras 26.
Escravizada em Salvador durante o século 16, Xica se recusava a vestir trajes masculinos, o que desafiava as normas de gênero da época. Inicialmente, ela foi documentada como homossexual e, apenas nos anos 2000, passou a ser considerada travesti, se tornando símbolo de resistência para a comunidade trans.
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