Carnavalesco Paulo Barros aposta na força de Vila Isabel para fazer bom desfileRachel Siston / Agência O Dia

Rio - O carnavalesco Paulo Barros afirmou que aposta na força da Vila Isabel para arrepiar a Marquês de Sapucaí na madrugada desta terça-feira (4). Última a desfilar na segunda noite do Grupo Especial, a escola apresentou o enredo "Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece", retratando criaturas assombrosas do imaginário popular. Pouco antes do desfile da Vila Isabel nesta terça, ele declarou que foi mal interpretado sobre sua declaração em relação a enredos afro. Barros causou polêmica em uma entrevista à Folha de São Paulo ao declarar que os enredos africanos são repetitivos e que o publico não consegue entender o trabalho da escola. Este ano, dez das 12 agremiações do Grupo Especial tratam o tema na Avenida.
"Foi um grande equívoco das pessoas que interpretaram da maneira que elas quiseram. Eu sou de santo, tenho a minha religião e eu simplesmente declarei que prefiro fazer um enredo que não tenha um cunho religioso, só isso. Eu tenho esse direito e acho que não cometi crime algum", disse Paulo.
Após a repercussão negativa da declaração, Barros usou as redes sociais para se defender e disse que "qualquer imbecil" sabia que o samba tem origem africana e continuou afirmando que não gosta da temática.

Questionado se estava confiante para retornar no próximo sábado (8) para o desfile das seis melhores escolas, ele preferiu deixar a avaliação para os jurados e comentou que aquela que cometer menos erros merece o titulo.

"Isso já é com os jurados. A gente confia no trabalho, nos componentes, mas é uma disputa. Quem entrar ali e errar menos tem a possibilidade de levar. Prontos, nós estamos", completou.

120 maquiadores
A Vila Isabel precisou de 120 maquiadores para preparar todos os componentes da escola. Todos os ritmistas, integrantes das alas e destaques dos carros alegóricos entraram no Sambódromo com os rostos pintados em alusão a diferentes criaturas do imaginário popular, como vampiros, caveiras, amuletos, entre outros.

"Foram 120 maquiadores, foi um plano de guerra, mas deu tudo certo", disse Barros, aliviado.