Por tabata.uchoa
Bárbara Evans e Glaycon MunizReprodução Internet

Rio - Camille Muniz, filha do famoso promoter do Rio Glaycon Muniz, falou ao iG na porta da capela 6, no Memorial do Carmo, no bairro do Cajú, sobre a morte do pai. Enquanto recebia com tranquilidade os amigos e parentes da família, a advogada, que mora em Fortaleza, no Ceará, contou que o pai estava internado na UTI com problemas cardíacos quando morreu, na madrugada dessa quarta-feira.

"Passei uma semana aqui com ele. Ele estava internado na UTI, mas estava muito bem visualmente, feliz, falante como sempre foi, se alimentando sem sonda, preocupado com a aparência. Os médicos me falaram que a situação era grave, mas ele parecia tão bem. Ele precisava fazer um exame para ver se era viável uma cirurgia de vascularização, mas ele não conseguiu sair (da UTI) para realizar o exame. O que ele teve foi uma cardiopatia gravíssima", lamentou Camille.

"Vou sentir mais falta da alegria dele. Meu pai, na verdade, só aprendeu a ser filho. Eu sempre tive mais juízo que ele desde criança. Se ele saísse dessa, ele não teria a vida que ele gostaria de continuar a ter. Ele sempre quis viver o dia como se fosse o último", continuou.

Pai homossexual

"A gente sabe como são as coisas... Não foi fácil ser filha de um homossexual porque quem é de fora só enxerga isso. Mas fui aprendendo, amadurecendo... Ele me ensinou muita coisa. Sempre foi uma pessoa aberta e clara".

A mãe de Glaycon, dona Zaira, de 84 anos, também está presente na cerimônia e muito abalada. Segundo Camille, "Glaycon tinha uma atenção fora do normal, muito amor por minha avó".

A cremação do corpo está prevista para as 17h. Zeca Pagodinho, a escola de samba Grande Rio e a churrascaria Pampa Grill, de onde era promoter, mandaram coroas de flores.

As informações são de Nina Ramos, do IG

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