Por bianca.lobianco
Luma Costa%3A 'Às vezes%2C rola um selinho%2C já beijo de língua não tem. Mas%2C se tivesse%2C eu não teria problema em beijar outra mulher. Eu chamo a Mart'nália de marida'Divulgação

Rio - A luz do estúdio acende, o diretor entoa o clássico ‘gravando’. É hora de Luma Costa, 27 anos, deixar o pudor de lado para se transformar na Odete Roitman, de ‘Pé na Cova’, que está mais para a desinibida do Irajá do que para a vilã de ‘Vale Tudo’ (1988). Na quarta temporada do seriado de Miguel Falabella, que estreia hoje, a stripper, que é casada com Tamanco (Mart’nália), dá adeus à arte de sensualizar em frente ao computador. “A Odete vira empresária do sexo e delega a função de stripper para a Abigail (Lorena Comparato). Agora, ela quer crescer profissionalmente, bombar o site, ganhar muito dinheiro e até produzir filmes pornôs. A outra mudança é que a Odete, que já era mãe do Sermancino (Gabriel Lima), dá à luz Heleninha, sua primeira filha biológica. No mais, a Odete continua a mesma: ambiciosa, feminina, sensual, sexual”, diz.

Extremo oposto da personagem de ‘Pé na Cova’, Luma só exercita seu lado sensual em nome da arte. “Sou zero sexy, sou supermoleca. Se ser moleca tem alguma sensualidade, OK, mas é sem querer. Eu sou muito envergonhada, tímida mesmo. Só fico sem vergonha quando liga a câmera do estúdio”, afirma. Não vale fazer ‘nudes’ (foto com pegada erótica), nem gravar vídeo sensual para enviar ao marido, o empresário Leonardo Martins, com quem está casada há três anos e tem um filho, Antônio, de 1 ano e três meses. “Não faço, nem faria fotos ou vídeos íntimos. Intimidade é intimidade”, frisa.

Luma não recrimina quem, a exemplo de Odete, lança mão de alguns artifícios entre quatro paredes para apimentar a relação, como se vestir de colegial. “Cada um faz o que for bacana para o seu casamento, para a sua relação. Cada um sabe do que gosta. O que funciona para mim pode não funcionar para você. Para Odete e o Tamanco, as fantasias funcionam”, comenta.

E essa química vai além da cama. O casal gay de ‘Pé na Cova’ não sabe o que é ser rejeitado pelo público, coisa que aconteceu recentemente em ‘Babilônia’ com as personagens vividas por Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg. “O humor, sem dúvida, quebra tabus. Às vezes, rola um selinho, já beijo de língua não tem. Mas, se tivesse, eu não teria problema em beijar outra mulher. Eu chamo a Mart’nália de ‘marida’. Ela é uma figura sensacional, virou uma amiga, frequentamos a casa uma da outra. O meu marido adora a Mart’nália”, conta.

O relacionamento homossexual da ficção fez surgir um novo público para Luma. “Hoje, as mulheres me elogiam mais do que os homens. Elas são superqueridas. Recebo uma ou outra mensagem picante, mas a maioria fala que sou bonita ou diz que o sonho era ter uma mulher igual a mim. Acho natural, bacana. Cantada direta, não tem. Acho que ninguém nunca falou uma baixaria porque a minha postura é família, caseira, não é liberal”, acredita, complementando. “Mas não são só as homossexuais que me seguem. São meninas que gostam do meu trabalho, de como eu me visto, mães que perguntam coisas do meu filho e curtem quando veem fotos minhas com o meu marido”, explica.

Apesar de ainda ser muito jovem, Luma já conquistou no campo pessoal o que muitas mulheres sonham. “Tenho um casamento maravilhoso, com um homem que eu amo, que me ama, tenho um filho lindo, uma casa ótima, uma família saudável. Mas não gosto de dizer que já está suficiente. O que Deus quiser me dar está ótimo, que venha mais”, torce. O ‘mais’ pode ser até um irmão para Antônio. “Penso em ter mais filho, não agora. Quero organizar minha carreira e deixar o Antônio crescer. Passa muito rápido”, lamenta.

O que não passa para Luma é o clima de lua de mel com o marido. “Não me preocupo em ser um casal perfeito, mas a lua de mel continua, sim! O meu casamento ficou ainda mais forte depois da chegada do Antônio”, revela. Nem ciúme provoca ruído nessa relação. “Meu marido é o meu fã número um. Quando eu fiz uma cena de sexo em ‘Fina Estampa’ (2011), ele assistiu, gravou, me mostrou e ainda ficou amigo do Rodrigo Simas, com quem eu fazia par romântico. Ele não atrapalha o meu trabalho em nada, não tem ciúme, nem de cena de sexo. Eu vivo uma história de amor, graças a Deus. Mas todo casal briga, todo casal tem problema. Sou normal como qualquer ser humano”.

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