
Rio - Vinte e poucos anos e muitos planos. Thales Cavalcanti, de 21 anos, está perto de se despedir do personagem Henrique de ‘Malhação — Seu Lugar no Mundo’, que se encerra em agosto, mas já tem trabalhos prontos para serem lançados. Daqui a duas semanas, o ator vai levar ao público um EP com cinco músicas e duas faixas extras, além de clipes das canções que vão ser divulgados no Youtube. Para este ano, Thales prepara ainda uma esquete teatral que pretende apresentar em festivais, sobre dois amigos que não se veem há muito tempo.
“Meu lado é mais MPB,mas não tenho que me restringir a nada. Estou adorando fazer isso. Já produzimos os clipes e eles são gravações de um show ao vivo que fiz para uns 20 amigos só de voz e violão. No começo, a ideia era fazer um clipe, mas aí pensamos no show e adorei a ideia. O EP é como se fosse um CD pequeno”, explica Thales.
Mas o ator e músico ainda deseja trabalhar estas mesmas canções em estúdio, com a inclusão de outros arranjos e instrumentos, e transformar o trabalho em um CD. Segundo ele, os títulos das músicas são parecidos, se complementam e unidos contam uma história de um amor platônico. As faixas extras se chamam ‘Camila’ e ‘Luiza’, e foram compostas por seus personagens em ‘Malhação’ e no filme ‘Casa Grande’, para os pares românticos.
Em relação a bandas que mais gosta de ouvir, a Dônica, que tem o filho caçula de Caetano Veloso, Tom Veloso, como compositor e integrante, é a escolhida. “Eles têm um lado de rock progressivo que me amarro. Quando tinha 14 anos, tinha uma banda disso e tocava bateria. Já falei com Tom e de repente vamos fazer algo juntos”, diz.
Das cordas do violão para os desafios de viver Henrique em ‘Malhação’, Thales analisa a trajetória do personagem soropositivo. “Foi para lembrar os jovens de usar proteção e de que a doença desenvolvida pelo vírus HIV pode matar. Além de que hoje há tratamentos e os portadores levam uma vida normal! Mas ainda existe preconceito na sociedade, e o personagem vai sofrer mais com isso na trama, principalmente a namorada dele”, adianta.
As relações sexuais sempre foram assunto sério para o ator, e o personagem o ensinou muitas coisas: “Eu nunca deixei de usar camisinha, e o importante também é sempre fazer o teste e procurar um médico. Para mim, depois desse personagem, ficou tudo mais claro”, explica.
Com reportagem de Guilherme Guagliardi