Bella CamposReprodução / Instagram
Bella Campos chora ao relembrar dificuldades e desabafa sobre críticas: 'Tem dias difíceis'
Atriz está no ar com o remake de 'Vale Tudo', da TV Globo
Rio - Bella Campos, de 27 anos, se emocionou ao participar do quadro "Vou de Táxi", exibido neste domingo (25) no "Domingão com Huck", da TV Globo. A atriz relembrou momentos marcantes de sua trajetória antes da fama e comentou sobre os desafios que ainda enfrenta, incluindo as críticas direcionadas à sua atuação no remake da novela das 21h, "Vale Tudo", onde interpreta Maria de Fátima.
Natural de Cuiabá, Isabella Carolina — nome de batismo da atriz — contou que enfrentou uma infância marcada pela separação dos pais ainda aos 2 anos de idade. A situação levou sua mãe a se mudar para a Itália em busca de melhores condições de vida, deixando Bella aos cuidados da avó materna, já idosa. “À medida que fui crescendo, fui virando a cuidadora da minha avó. Isso me fez ter responsabilidade e foco nos meus objetivos”, afirmou.
A reaproximação com a mãe aconteceu quando Bella tinha 10 anos, após seu retorno ao Brasil. A família passou a viver em Florianópolis, onde, segundo a atriz, ela teve que lidar com questões relacionadas à identidade racial. "Lá eu tive um choque de realidade, entendi que eu era uma menina preta. Tive dificuldade com isso no Ensino Médio", relembrou.
Durante esse período, Bella destacou que a mãe precisou trabalhar em diferentes funções para sustentar a casa. “Minha mãe trabalhou como doméstica, cozinheira, cuidadora. Precisávamos escolher entre pagar o aluguel ou comprar comida", contou.
A atriz chegou a considerar cursar psicologia, mas foi o trabalho no café de um teatro que a colocou em contato com o meio artístico. "Nem sei se eu queria ser modelo, precisava sobreviver. A gente vivia uma realidade muito difícil. A minha carreira começou numa tentativa de sobrevivência", revelou, emocionada.
Além de relembrar o passado, Bella comentou sobre o impacto das críticas que vem recebendo por sua performance em "Vale Tudo". "Não me interessa criar uma imagem de uma pessoa que não se abala, que não se afeta. Não tenho como dizer que não me afeto com essa crueldade", desabafou. A atriz destacou que busca apoio emocional na família e compartilha com a mãe os desafios da exposição pública. "Eu converso muito com minha mãe sobre isso de a gente ter conseguido criar uma vida minimamente digna. Tem dias que são muito difíceis."
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