Milton NascimentoReprodução / Instagram
Além de Milton, os coautores da música, Lô Borges e Márcio Borges, e a gravadora Sony Music integram o processo. A equipe de Milton confirmou a existência da ação e destacou que se trata de uma "medida legítima" diante do uso da obra em uma campanha publicitária do clube, sem qualquer autorização prévia ou tentativa de diálogo". Em nota oficial, o artista reafirmou que a utilização da música ocorreu de forma promocional e que o ato configura uma violação à Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/1998).
"Tentativas amigáveis de resolução foram feitas, porém ignoradas. Música é trabalho, é sustento, é propriedade intelectual. Assim como um jogador é remunerado por seu ofício, compositores e artistas também têm o direito de decidir quando, como e por quem suas obras podem ser usadas", afirmou a equipe do cantor.
A nota também abordou o comportamento de parte do público nas redes sociais. Milton foi alvo de ataques etaristas e comentários ofensivos, que, segundo a assessoria, vêm sendo documentados para possíveis medidas legais. "Essa não é uma briga por dinheiro. É uma defesa legítima do trabalho artístico, do direito autoral e do respeito à profissão", declarou a equipe do artista.
Resposta do Cruzeiro
Segundo o comunicado, o vídeo em questão teria sido compartilhado em colaboração com a publicação original feita por Gabigol, contendo trilha sonora retirada da galeria de músicas disponibilizada pelo Instagram. O clube argumentou que a plataforma exibe automaticamente os créditos da obra durante a reprodução e, portanto, não configuraria infração.
"O Cruzeiro apenas compartilhou, em formato collab, o vídeo postado pelo atleta, com fundo musical disponibilizado pela plataforma digital a todos os usuários", afirmou o clube.

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