Danielle Winits encara personagens distintas no espetáculo ’CHOQUE! Procurando Sinais de Vida Inteligente’Divulgação/Dalton Valerio
Rio - Danielle Winits voltou aos palcos em grande estilo com o monólogo "CHOQUE! Procurando Sinais de Vida Inteligente", em cartaz no Teatro Copacabana Palace, na Zona Sul do Rio, até o dia 2 de novembro. Sob direção de Gerald Thomas, o espetáculo combina humor afiado e olhar crítico para discutir as contradições humanas, o papel da mulher na sociedade e os dilemas contemporâneos.
A artista, de 51 anos, encara o desafio de interpretar múltiplas personagens em cena. “Na adaptação do Gerald, ele optou por focar na personagem central, a Trudy, uma ex-consultora de departamentos criativos de grandes empresas que se tornou catadora de lixo e acredita que ouve vozes e capta os pensamentos de todos ao seu redor. Há também a Kate, uma socialite que não sai do salão de beleza e questiona o tédio de sua vida”, conta.
Com sensibilidade e humor, Winits descreve o mergulho nesse universo de contradições. “Trudy acredita também que extraterrestres entraram em contato com ela e que buscam, através dela e de seus transes imaginários, sinais de vida inteligente no planeta. Todos os transes dela nos levam a uma viagem do que pode se passar na cabeça dos seres humanos, e isso que é especial!”
A atriz explica que o processo tem sido “engrandecedor em muitos sentidos”. Sozinha em cena pela primeira vez, ela reflete sobre a experiência. “É caminhar na incerteza do desconhecido, porém a busca por conexão com a plateia é algo que me move e me realiza muito. Saio também do palco e busco por essa conexão, pelo olhar de perto, para que sejamos todos atravessados por esses questionamentos... a Trudy e a plateia”, diz.
Sobre a parceria com Gerald Thomas, Danielle Winits define a experiência como transformadora. “Escolhi enfrentar a empreitada de me produzir novamente e também escolher sobre o que eu gostaria de falar nesse momento de tantas transformações no mundo. Sempre assisti às montagens teatrais de Gerald e cultivei, ao longo dos anos, uma vontade profunda de um dia ser dirigida por ele”, assume.
O trabalho com o diretor fez a atriz compreender a natureza viva do teatro. “Me surpreendeu a certeza que ele sempre teve do que daria certo. Demorei um pouco até aceitar algumas mudanças do que eu pensava que poderiam ser mais assertivas e de fácil compreensão, mas até essa demora foi construtiva. O melhor do teatro é que ele é vivo. Cada dia é uma apresentação, mesmo com o mesmo texto, e tudo bem ser assim, porque assim é a vida! Nossa parceria foi um presente.”
Inspirado na obra original da norte-americana Jane Wagner, imortalizada em 1985 por Lily Tomlin, o texto ganha nova vida e título pelas mãos de Thomas, transformando a suposta busca extraterrestre em uma metáfora pela empatia e conexão humana.
“Sou uma artista e produtora que escolheu ‘CHOQUE’ para fazer com que o público se questione sobre suas crenças e escolhas. A plateia, assim como os seres extraterrestres, também quer saber se ainda existe vida inteligente nesse universo! A Trudy, em transes imaginários, se transporta e fisga recortes de pensamentos de toda a humanidade. Não há um personagem específico que seja mais especial. Todos os transes dela nos levam a enxergar o que pode se passar na cabeça de todos os seres humanos”, analisa Winits.
A artista revela que encontrar sinais de humanidade em meio ao caos da atualidade é um desafio constante. “Sou atravessada diariamente por atrocidades cometidas pelos seres humanos em diversos âmbitos. A velocidade com que as informações chegam até nós é sem precedentes. Como artista, posso, através do teatro, estabelecer conexões humanas naquele momento no palco e trazer luz com o que estou abordando no texto de ‘CHOQUE’”, relata.
Maternidade e casamento
Com dois filhos, Noah, de 17 anos, e Guy, de 14, e casada com André Gonçalves, Danielle comenta sua busca por equilíbrio na vida pessoal. “Dentro do meu universo particular, busco ser uma mãe e uma mulher companheira. Busco por laços. Jamais por nós. Busco ser boa ouvinte e criar harmonia para atravessarmos nossas caminhadas distintas com amor e empatia.”
A atriz fala sobre a relação com as redes sociais e a inteligência artificial, temas que atravessam o monólogo, e conta que tem se aprofundado em leituras sobre tecnologia e seus impactos. “Procuro ser uma usuária saudável. Elas não pautam minha vida, porém, onde posso me abastecer do que é construtivo, sou a primeira a consumir. Com relação à IA, ando lendo bastante sobre e procurando me blindar e aos meus filhos. Ainda precisamos estar muito alertas para essa tecnologia tão persuasiva, invasiva e nada humana”, adverte.
Cinema
Além do espetáculo, Danielle Winits integra o elenco do filme “Querido Mundo”, dirigido por Miguel Falabella, no papel de Odila. A personagem é uma mulher independente, que está passando por um processo de separação do marido e é mãe de dois filhos adolescentes.
“Ela é sem papas na língua e segura de si e do que deseja, não se permite ser vítima dentro de um casamento já em declínio. O filme é mais uma obra-prima de Miguel, que retrata justamente a esperança. Ela ainda existe para as relações humanas? A Odila reflete o sonho de muitas mulheres que não se sentem libertas do achatamento do patriarcado. Um presente de personagem!”, celebra.
O projeto é mais um da parceria de longa data entre os colegas, que dividiram as telonas e os palcos por várias ocasiões, como no musical “Os Produtores”, em 2018. “É sempre uma honra poder trabalhar e fazer parte dos sonhos realizados de um gênio como ele. Além da alegria que é no set, me transformo enquanto artista a cada novo desafio proposto”, afirma.
Serviço
Espetáculo: CHOQUE! Procurando Sinais de Vida Inteligente
Com sensibilidade e humor, Winits descreve o mergulho nesse universo de contradições. “Trudy acredita também que extraterrestres entraram em contato com ela e que buscam, através dela e de seus transes imaginários, sinais de vida inteligente no planeta. Todos os transes dela nos levam a uma viagem do que pode se passar na cabeça dos seres humanos, e isso que é especial!”
A atriz explica que o processo tem sido “engrandecedor em muitos sentidos”. Sozinha em cena pela primeira vez, ela reflete sobre a experiência. “É caminhar na incerteza do desconhecido, porém a busca por conexão com a plateia é algo que me move e me realiza muito. Saio também do palco e busco por essa conexão, pelo olhar de perto, para que sejamos todos atravessados por esses questionamentos... a Trudy e a plateia”, diz.
Sobre a parceria com Gerald Thomas, Danielle Winits define a experiência como transformadora. “Escolhi enfrentar a empreitada de me produzir novamente e também escolher sobre o que eu gostaria de falar nesse momento de tantas transformações no mundo. Sempre assisti às montagens teatrais de Gerald e cultivei, ao longo dos anos, uma vontade profunda de um dia ser dirigida por ele”, assume.
O trabalho com o diretor fez a atriz compreender a natureza viva do teatro. “Me surpreendeu a certeza que ele sempre teve do que daria certo. Demorei um pouco até aceitar algumas mudanças do que eu pensava que poderiam ser mais assertivas e de fácil compreensão, mas até essa demora foi construtiva. O melhor do teatro é que ele é vivo. Cada dia é uma apresentação, mesmo com o mesmo texto, e tudo bem ser assim, porque assim é a vida! Nossa parceria foi um presente.”
Inspirado na obra original da norte-americana Jane Wagner, imortalizada em 1985 por Lily Tomlin, o texto ganha nova vida e título pelas mãos de Thomas, transformando a suposta busca extraterrestre em uma metáfora pela empatia e conexão humana.
“Sou uma artista e produtora que escolheu ‘CHOQUE’ para fazer com que o público se questione sobre suas crenças e escolhas. A plateia, assim como os seres extraterrestres, também quer saber se ainda existe vida inteligente nesse universo! A Trudy, em transes imaginários, se transporta e fisga recortes de pensamentos de toda a humanidade. Não há um personagem específico que seja mais especial. Todos os transes dela nos levam a enxergar o que pode se passar na cabeça de todos os seres humanos”, analisa Winits.
A artista revela que encontrar sinais de humanidade em meio ao caos da atualidade é um desafio constante. “Sou atravessada diariamente por atrocidades cometidas pelos seres humanos em diversos âmbitos. A velocidade com que as informações chegam até nós é sem precedentes. Como artista, posso, através do teatro, estabelecer conexões humanas naquele momento no palco e trazer luz com o que estou abordando no texto de ‘CHOQUE’”, relata.
Maternidade e casamento
Com dois filhos, Noah, de 17 anos, e Guy, de 14, e casada com André Gonçalves, Danielle comenta sua busca por equilíbrio na vida pessoal. “Dentro do meu universo particular, busco ser uma mãe e uma mulher companheira. Busco por laços. Jamais por nós. Busco ser boa ouvinte e criar harmonia para atravessarmos nossas caminhadas distintas com amor e empatia.”
A atriz fala sobre a relação com as redes sociais e a inteligência artificial, temas que atravessam o monólogo, e conta que tem se aprofundado em leituras sobre tecnologia e seus impactos. “Procuro ser uma usuária saudável. Elas não pautam minha vida, porém, onde posso me abastecer do que é construtivo, sou a primeira a consumir. Com relação à IA, ando lendo bastante sobre e procurando me blindar e aos meus filhos. Ainda precisamos estar muito alertas para essa tecnologia tão persuasiva, invasiva e nada humana”, adverte.
Cinema
Além do espetáculo, Danielle Winits integra o elenco do filme “Querido Mundo”, dirigido por Miguel Falabella, no papel de Odila. A personagem é uma mulher independente, que está passando por um processo de separação do marido e é mãe de dois filhos adolescentes.
“Ela é sem papas na língua e segura de si e do que deseja, não se permite ser vítima dentro de um casamento já em declínio. O filme é mais uma obra-prima de Miguel, que retrata justamente a esperança. Ela ainda existe para as relações humanas? A Odila reflete o sonho de muitas mulheres que não se sentem libertas do achatamento do patriarcado. Um presente de personagem!”, celebra.
O projeto é mais um da parceria de longa data entre os colegas, que dividiram as telonas e os palcos por várias ocasiões, como no musical “Os Produtores”, em 2018. “É sempre uma honra poder trabalhar e fazer parte dos sonhos realizados de um gênio como ele. Além da alegria que é no set, me transformo enquanto artista a cada novo desafio proposto”, afirma.
Serviço
Espetáculo: CHOQUE! Procurando Sinais de Vida Inteligente
Quando: Quintas, sextas e sábados, às 20h; domingos, às 17h
Local: Teatro Copacabana Palace
Endereço: Av. Nossa Senhora de Copacabana, 261 - Copacabana
Ingresso: a partir de R$ 60 (meia-entrada)
Duração: 80 minutos
Classificação: 12 anos
Local: Teatro Copacabana Palace
Endereço: Av. Nossa Senhora de Copacabana, 261 - Copacabana
Ingresso: a partir de R$ 60 (meia-entrada)
Duração: 80 minutos
Classificação: 12 anos
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.