Alok e o pai, Juarez Petrillo, conversam com Renata Capucci no ’Fantástico’Reprodução
Rio - O DJ Alok e seu pai, Juarez Petrillo, participaram do "Fantástico", da TV Globo, neste domingo. Juarez estava prestes a tocar em uma rave, perto de Gaza, quando o grupo terrorista Hamas atacou o local do evento no último dia 7. Foram mais de 260 mortos e, entre eles, três brasileiros.
"É o local mais famoso de festas. Há 10 anos, quando fui tocar, foi exatamente no mesmo local", disse Juarez, ao revelar que o espaço já era conhecido por receber muitos eventos. "Eu estava para entrar em 10 minutos. Estava amanhecendo, estava a coisa mais linda. Parecia a pista mais incrível da minha vida. De repente, estourou uma bomba do lado da festa. Foi um grito de susto de todo mundo. Nessa hora, a coisa mudou. As mulheres começaram a entrar em pânico, começaram a chorar", disse Juarez, que foi retirado do local de carro pela organização do festival.
"De repente, a gente escutou o barulho de metralhadora. O cara que estava comigo falou 'isso é o nosso Exército dando o troco'. Falou desse jeito. Mas não. Era o contrário. Eram motociclistas (do Hamas) entrando dentro da festa", disse Juarez.
Após a fuga, ele ficou em um bunker e contou que buscou forças nos netos enquanto temia pelo pior. "Me deu um caminho, um norte, foi quando eu lembrei dos meus netos, sabe? Não tem nada de DJ mais, não sou produtor, não sou artista não, sou vovô", disse.
Alok só ficou sabendo que o pai estava no evento depois que o ataque foi noticiado e revelou que viveu momentos de muita apreensão por conta da situação.
"Eu vi por causa dos vídeos da internet e aí eu comecei desesperadamente a ligar para ele. A ficha foi caindo no dia seguinte, quando a gente viu que tinha mais de 250 corpos ali perto da área do festival e foi começar a entender a gravidade do ataque terrorista. Meu pai estava preso ainda em um bunker, queria tirar ele de qualquer jeito de lá", disse o artista.
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