Os danos da violência psicológica na vida das mulheresReprodução

Olá, meninas!
A violência psicológica passou a ser considerada crime a partir de 2021. Dados inéditos divulgados essa semana pelo Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP), mostraram que também em 2021, cerca de 600 mulheres foram vítimas desse tipo de agressão no estado. Mas o problema é que nem sempre esse é um crime isolado. Em muitos casos, a mulher também sofre com outros tipos de agressões.
No caso da violência psicológica contra a mulher, esse é um ato que pode causar danos profundos e marcar uma vida inteira de transtornos. Para entender como identificar e tratar esses problemas, conversamos com o psiquiatra Ervin Cotrik, que explicou os sinais de alerta e como procurar apoio. Confiram!
Quais os transtornos psiquiátricos mais comuns em mulheres que sofrem violência psicológica?
Os transtornos mais encontrados nessas mulheres são: depressão, ansiedade, fobias e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). É importante ressaltar a comorbidade entre estes distúrbios, a associação entre eles, intensifica o sofrimento das vítimas. Além disso, o comprometimento das diferentes esferas (emocional, afetivo-familiar, social, acadêmico-profissional) na vida destas mulheres também é bastante comum.
Quais os principais tipos de violência contra a mulher?
Violência física: é aquela que prejudica a saúde e a integridade corporal da mulher. É praticada com uso de força física;
Violência psicológica: apesar de não ser visual, é muito extensa. São condutas que causam danos emocionais e diminuição da autoestima. Alguns exemplos são a proibição de trabalhar, de se relacionar com amigos e parentes e até de sair de casa;
Violência sexual: ocorre quando a mulher é obrigada a presenciar, manter ou participar de relações sexuais não desejadas. Também acontece quando a vítima é obrigada a abortar, a usar anticoncepcionais ou a se prostituir contra a sua vontade;
Violência patrimonial: é quando são retidos ou destruídos objetos pertencentes a uma mulher, como documentos, instrumentos de trabalho, pertences, bens e recursos econômicos;
Violência moral: calúnia, difamação, injúria e ofensa à dignidade da mulher são alguns exemplos.
Essas mulheres têm o risco de abusar do consumo de álcool e drogas?
Sim. As pessoas que sofrem violência de gênero são fragilizadas emocionalmente, principalmente quando as agressões partem de pessoas próximas. O álcool e outras drogas podem ser buscados pelas vítimas como forma de diminuir a ansiedade e tirar o foco do pensamento da agressão.
Esse comportamento coloca a mulher em risco de desenvolver a dependência química e outras doenças que surgem como consequência do abuso dessas substâncias.
Quais são os canais para a vítima buscar ajuda?
A Central de Atendimento à Mulher (180) é um serviço criado para o combate à violência contra a mulher e oferece três tipos de atendimento: registros de denúncias, orientações para vítimas de violência e informações sobre leis e campanhas. O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.
Não se cale, denuncie! Para saber mais sobre o assunto é só acompanhar a entrevista com o Dr. Ervin no meu programa “Vem Com a Gente”, na TV Band, a partir das 13h30. Espero vocês! Clique aqui.